sábado, 19 de março de 2011

Á PROCURA DO XARÉM


Fomos à procura do xarém. Este prato típico do Algarve recorda – me o tempo em que o meu pai era brindado pelos pitéus, que as irmãs, igualmente algarvias lhe dedicavam. Mandavam vir de Olhão a farinha e preparavam, o prato para o meu amigo. Como ele gostava. Eu em miúdo não queria sequer provar. Tinha que ser agora.
Não encontramos. Num local onde era suposto haver, disseram que estão no defeso, isto é, é proibido a sua apanha durante o presente mês. Comemos espetadas.
Depois descemos ao Doce Olhão onde o Fausto se reencontrou com os D. Rodrigos.
Pareciam dois amigos depois de longa ausência.
Regressamos ao Aries cansados, já ao fim da tarde onde o pôr do sol rivalizava com o nascer da lua. A ria, o céu e lua estavam como a pena do artista para a folha em branco Descansar foi palavra de ordem.
Optei por ler. Trago jornais em atraso e fui aos textos que tenho assinalado para “à posteriore”
À noite o Sergio, no seu inconfundível Arca de Noé, convidou – nos para uns petiscos.
Assim, que derrotamos a dieta que eu pretendia manter. Sucederam – se os pratos e os copos.
É esta a vida de marinheiros em terra. Naufragam sempre.

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