quinta-feira, 20 de julho de 2017

UNS TÊM DIREITOS OUTROS ESMOLAS

Para indemnizarem, como numa esmola de 15 milhões,  as famílias vítimas de Pedrógão é necessária, a intervenção do publico e de privados com toda a burocracia fruto dos furtos habituais, mas quando um jogador de futebol qualquer, é  transferido por 50 milhões   ligeiros e limpinhos, é num ápice, um milagre.  Teremos de reconhecer que esta sociedade está doente e vai mal encaminhada.
Onde ficou a Santa Casa da Misericórdia com os seus milhões e os seus pecaminosos  jogos vícios só parecidos com os da droga ou do fumo?
Intolerável e imperdoável este exemplo, mas há milhares de  outros pelo País fora que passam à margem da lei e do conhecimento publico.
A população enferma de um estrabismo cultivado pelas classes políticas que adiam, protelam, escamoteiam esta indiferença nojenta,  reveladora de falta de consciência cívica e moral.
A dialética sobrepõe – se ao sentido e ao sentimento, à consciência e aos reais valores.
Meus senhores algo está mesmo mal.
Não sei se nos chegará um Presidente renascido das cinza, a brilhar de capacidades e vontades, um Governo atamancado por uma esquerda com o mérito de estar resolvida a resolver, uma Assembleia num campeonato de palavras cruzadas e intrigas novelescas, uma comunicação social ainda longe, a milhas da sua função prioritária.
Temos uma cultura coxa que resvala para o experimentalismo e o exibicionismo, quando o objecto e o objectivo são necessários e palpáveis.
Uma educação que privilegia o “melhor” entre aspas e não o mais válido, o mais honesto o mais participativo nos projetos e desafios colectivos e sociais.
As religiões vão do aguenta ou mata, num entorpecimento fatalista.
Os resultados hoje já são positivos? São apesar de uma oposição calcinada por séculos de mentiras e vícios, mas  mais grave ainda é os mundialmente venerados estandartes da UE, dos EU, da ONU, da NATO, do ISIS  das multinacionais dos multi - negócios terem  indiretamente de forma velada e capciosa  como denominador comum a veneração  pela moeda com que pesam os homens e os povos.

Assim os não ricos jamais terão direitos mas sim esmolas.