Para indemnizarem, como numa esmola de 15
milhões, as famílias vítimas de Pedrógão
é necessária, a intervenção do publico e de privados com toda a burocracia
fruto dos furtos habituais, mas quando um jogador de futebol qualquer, é transferido por 50 milhões ligeiros e limpinhos, é num ápice, um
milagre. Teremos de reconhecer que esta
sociedade está doente e vai mal encaminhada.
Onde ficou a Santa Casa da Misericórdia com os seus
milhões e os seus pecaminosos jogos
vícios só parecidos com os da droga ou do fumo?
Intolerável e imperdoável este exemplo, mas há
milhares de outros pelo País fora que
passam à margem da lei e do conhecimento publico.
A população enferma de um estrabismo cultivado pelas
classes políticas que adiam, protelam, escamoteiam esta indiferença
nojenta, reveladora de falta de
consciência cívica e moral.
A dialética sobrepõe – se ao sentido e ao sentimento,
à consciência e aos reais valores.
Meus senhores algo está mesmo mal.
Não sei se nos chegará um Presidente renascido das
cinza, a brilhar de capacidades e vontades, um Governo atamancado por uma
esquerda com o mérito de estar resolvida a resolver, uma Assembleia num
campeonato de palavras cruzadas e intrigas novelescas, uma comunicação social ainda
longe, a milhas da sua função prioritária.
Temos uma cultura coxa que resvala para o
experimentalismo e o exibicionismo, quando o objecto e o objectivo são
necessários e palpáveis.
Uma educação que privilegia o “melhor” entre aspas e
não o mais válido, o mais honesto o mais participativo nos projetos e desafios colectivos
e sociais.
As religiões vão do aguenta ou mata, num
entorpecimento fatalista.
Os resultados hoje já são positivos? São apesar de uma
oposição calcinada por séculos de mentiras e vícios, mas mais grave ainda é os mundialmente venerados
estandartes da UE, dos EU, da ONU, da NATO, do ISIS das multinacionais dos multi - negócios terem indiretamente de forma velada e capciosa como denominador comum a veneração pela moeda com que pesam os homens e os
povos.
Assim os não ricos jamais terão direitos mas sim
esmolas.
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