sexta-feira, 25 de novembro de 2016

AMERICA, WHERE DO YOU GOING?




FUI APANHADO pelas eleições americanas. Tive que vir aqui ainda Trump não acreditava que as tinha ganho. Nem eu...

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No aeroporto da Ex Portela tiraram – me o cachecol aos quadradinhos brancos e pretos porque poderia parecer um terrorista e a coisa estava feia , diziam.

Lá vim de pescoço ao léu e logo que cheguei ao aeroporto JFK comecei a espirrar. No 79 andar do hotel na 5ª Avenida em Manhatham sentia
arrepios que nem duas aspirinas e um café à americana, assustassem.
Assim, foi com o pingo no nariz, que no dia a seguir comecei a exploração que resumo aqui.
O ambiente geral é de verdadeira surpresa, ainda de incredulidade sem alterar a vida vertiginosa dos americanos que correm todas as manhas para o  emprego com o café em copo de plástico grande, numa mão e uma tosta na outra, que nem pestaneja pelo monstruoso espectáculo publicitário que o persegue a toda a hora em directo nas fachadas dos arranhas céus, nas montras multicores com vídeos loucos e imaginativos, na imprensa que se pergunta sobre o que aconteceu e passou a dar a prioridade a Trump, à família e à nova classe política a emergir, enquanto Clinton e Obama tombam na valeta.
Por entre as enormes filas de carros,  buzinadas e apitos policiais numerosos afro  e sul americanos que sobressaem pelo seu aspecto na maioria obeso e trabalhos de nível inferior ao serviço de uma máquina devoradora e imparável a servir a industria do turismo que cresce com a presença formigueira de chineses e japoneses diz – nos que haverá mudanças em breve.
De assinalar o número de homelesses que se arrastam pelas esquinas evidenciando as suas maleitas que vão desde a pobreza ao craque e anfetaminas cuja moda cresce a olhos vistos. Na maioria os que pedem esmola não largam como toda a gente o Iphone e os auscultadores. Quantas vez não sabemos se pedem esmola , se falam sozinhos ou com alguém, a toda a hora. Pobres sim, mas desactualizados não.
América fervilha ainda inconsciente.
 America, a grande incógnita mundial e Trump o artista que vai dar que falar... ai vai, vai. A procissão ainda não saiu do adro.