segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A MANIPULAÇÃO MEDIATICA






Vamos abrir os olhos porque o que parece é....

Cá vamos cantando e rindo embalados, embalados sim....


O cidadão sabe quanto lhe custa a vida e lhe pesa a dúvida quanto ao futuro.
Vamos votar. Ou melhor, todos deveríamos ir votar. Quem não vai é porque discorda da “democracia” entre aspas, e então acobarda – se frente ao que poderá chamar uma ditadura.
Porém há um outro factor que é determinante; o cidadão começa a sentir que lhe mentem descaradamente e que afinal tudo irá continuar na mesma sem que ele possa intervir concretamente.
O cidadão esquece – se ou ignora que as técnicas de manipulação da opinião publica atingem uma quase infalível técnica  do domínio da político – psicologia, que o condena ao seu ignorante conhecimento.
É portanto oportuno trazer aqui as conclusões de Noam Chomsky linguista, sociólogo e filosofo americano que se tem empenhado em temas polémicos e  destes, sobre um que achamos particularmente oportuno para a população portuguesa; A MANIPULAÇÃO MEDIATICA

Coligidas por Mauro Rodrigues algumas das reflexões de Chomsky e ordenadas em 10 estratégias que importa conhecer e nos convidam a refletir:
  
1- A estratégia da distração.
O elemento primordial do controlo social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes das mudanças decididas pelas elites politicas e económicas.
A técnica é a do dilúvio ou inundação de continuas distrações ou mesmo de informações sem importância.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o publico de interessar – se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência da economia, da psicologia, da neurobiología e da cibernética.
( Manter a atenção do público distraído, longe dos verdadeiros problemas sociais, atraído por temas sem importância real).
Manter o publico ocupado, ocupado, ocupado, nenhum tempo para pensar.
(Citação do texto  Armas silenciosa para guerras tranquilas).

2 – Criar problemas e depois oferecer soluções.
Este método também é chamado “Problema > reação >solução.
Cria – se o problema, uma situação prevista para causar certa reação na população, afim de que esta seja suplicante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a  violência urbana, ou organizar atentados sangrentos a que os media darão o máximo de relevância e difusão, afim de que o publico seja o requerente de leis de segurança e politicas em prejuízo da liberdade.
Poder -se – à também criar uma crise económica para que o povo aceite como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3 – A estratégia da gradualidade.
Para fazer que se aceite uma medida inadmissível basta aplica – la gradualmente, a conta – gotas por um prazo alargado.
Dessa forma, as novas condições impostas, mudanças radicais, são aceites sem provocar revoltas.

4 – Estratégia do adiar.
Outra maneira de provocar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresenta – la como “dolorosa e necessária” obtendo a aceitação pública no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil  aceitar um sacrifício futuro que um sacrifício imediato.
Primeiro porque o esforço não é imediato.
Segundo porque a massa, ingenuamente crê que amanhã tudo irá melhor e que o sacrifício exigido poderá ser evitado.
Isto dá mais tempo ao cidadão para se acostumar à ideia da mudança e de a aceitar com resignação.

5 – Dirigir – se ao publico como a uma criatura de pouca idade:.
A maioria da publicidade dirigida ao grande publico utiliza discursos, argumentos, personagens e entoações particularmente infantis, muitas vezes a roçar a debilidade, como se o espectador fosse uma criança ou um deficiente mental. Quanto mais se tente enganar o espetador, mais se tende a adoptar um tom infantil. Porque?
(Porque dirigir - se a um adulto como se tivesse 12 anos, pelo menos, tenderá por sugestão, a provocar respostas ou reações mais infantis e desprovidas de sentido crítico).

6 – Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para curto – circuitar a análise racional e neutralizar o sentido crítico dos indivíduos.
Por outro lado, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir determinados comportamentos.

7 – Manter o povo na ignorância e na mediocridade:
Fazer com que o público seja incapaz de compreender a tecnologia e métodos utilizados para seu controlo e escravidão.
(A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível de forma a que a distância entre estas e as classes altas permaneça inalterada no tempo e seja impossível alcançar uma autentica igualdade e oportunidades para todos).

8 – Estimular o publico a ser complacente com a mediocridade.
Fazer crer ao povo que está na moda a vulgaridade, a incultura, o ser mal falado ou admirar personagens sem talento ou mérito algum, o desprezo pelo intelectual, o exagero do culto ao corpo e a desvalorização do espírito de sacrifício e do esforço pessoal.

9 – Reforçar o sentimento de culpa pessoal
Fazer crer ao individuo que ele é o único culpado da sua própria desgraça, por insuficiência de inteligência, capacidade, de  preparação ou de esforço.

Assim, em lugar de se revoltar contra o sistema económico e social o individuo desvaloriza – se, culpa – se, gerando em si um estado depressivo que inibe a sua capacidade de reagir e sem reação, não haverá revolução.

10 – Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmo se conhecem.
Nos últimos 50 anos, os avanços da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles utilizados pelas elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o sistema tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica.

O sistema conseguiu conhecer melhor o individuo comum do que ele se conhece.
Isto significa que na maioria dos casos o sistema exerce um maior controlo e poder sobre os indivíduos, superior ao que pensam que realmente têm.


Só os mais distraídos não repararam nestas receitas enunciadas os efeitos que elas têm produzido no nosso País. Reconhecerão todavia que os diferentes meios de comunicação, dominados 99% pelos meios económicos, em sintonia, conduzem as multidões para o local mais conveniente.

Cá vamos cantando e rindo embalados, embalados sim....