sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A GRANDE MENTIRA

Armas silenciosas para guerras tranquilas - estratégias de programação da sociedade


O pensador americano Noam Chomsky, pessoa mal vista pelos midia de quase todo o mundo, é compreensivelmente, um dos que mais faz pensar e com isso, acordar multidões que se vão apercebendo como se estão a transformar em urbanoides desprovidos de vontade e de liberdade.
O NOSSO PORTUGAL pequeno e periférico, é um campo onde também as técnicas subtis dos meios políticos e económicos estão a produzir o resultado que uma minoria hábil pretende.
Assistimos à grande mentira, ao logro da sociedade dita moderna mas como se vê, assente em pântanos onde as ideias saudáveis não emergem.
Vale a pena meditarmos e discutirmos a questão.






1- A estratégia da diversão
Elemento primordial do controlo social, a estratégia da diversão consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e da mutações decididas pelas elites políticas e económicas, graças a um dilúvio contínuo de distracções e informações insignificantes.
"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais".
2- Criar problemas, depois oferecer soluções
Este método também é denominado "problema-reacção-solução". Primeiro cria-se um problema, uma "situação" destinada a suscitar uma certa reacção do público, a fim de que seja ele próprio a exigir as medidas que se deseja fazê-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público passe a reivindicar leis securitárias em detrimento da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer como um mal necessário o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos.
3- A estratégia do esbatimento
Para fazer aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la progressivamente, de forma gradual, ao longo de 10 anos. Desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários que já não asseguram um rendimento decente, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se houvessem sido aplicadas brutalmente.
4- A estratégia do diferimento
Outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. Segundo, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que "tudo irá melhor amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.
5- Dirigir-se ao público como se fossem crianças pequenas
A maior parte das publicidades destinadas ao grande público utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes próximos do debilitante, como se o espectador fosse uma criança pequena ou um débil mental. Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante.
"Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, então, devido à sugestibilidade, ela terá, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma reacção tão destituída de sentido crítico como aquela de uma pessoa de 12 anos".
6- Apelar antes ao emocional do que à reflexão
Apelar ao emocional é uma técnica clássica para fazer curto-circuito à análise racional e, portanto, ao sentido crítico dos indivíduos. Além disso, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, pulsões ou comportamentos...
7- Manter o público na ignorância e no disparate
Actuar de modo a que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão.
"A qualidade da educação dada às classes inferiores deve ser da espécie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permaneça incompreensível pelas classes inferiores".
8- Encorajar o público a comprazer-se na mediocridade
Encorajar o público a considerar bom o facto de ser idiota, vulgar e inculto...
9- Substituir a revolta pela culpabilidade
Fazer crer ao indivíduo que ele é o único responsável pela sua infelicidade, devido à insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades ou dos seus esforços. Assim, ao invés de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo desvaloriza-se e culpabiliza-se, criando um estado depressivo que tem como um dos efeitos a inibição da acção. E sem acção, não há revolução!...
10- Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios
No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" chegou a um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indivíduo médio do que este se conhece a si próprio, permitindo deter um maior controlo e um maior poder sobre os indivíduos

domingo, 31 de outubro de 2010

A NOSSA LIBERDADE





Continuo a ler o livro proposto.
Durante os dias de ontem e hoje li vários jornais diários, ouvi rádio e vi Tv. Nem uma única vez vi ou ouvi referência alguma ao OS DONOS DE PORTUGAL:
Raramente vejo, mas hoje até aguardei a vinda de Marcelo e as suas escolhas literárias. Cá em casa apostamos sobre se ele iria ou não falar do livro.
Ganhei. Marcelo como sempre evitou o lhe é incomodo. Incomodo, a ele e ao seu grupo que tão habilmente maneja os trocadilhos com que vai fabricando o voto do ouvinte incauto.
É uma vergonha esta subserviência ao transformar um líder politico, personalidade altamente comprometida com o estado do nosso País, num fazedor de opinião, como se fosse independente.
Sem opososição lá vai vendendo a banha da cobra.
Seia caricatural até, se não fora trágico para um País algemado pela cruel falta de liberdade.

sábado, 30 de outubro de 2010

OS DONOS DE PORTUGAL




Vi ontem na Sic Not.,uma entrevista a Louça, sobre o livro OS DONOS DE PORTUGAL. Esclarecedora entrevista feita por Mário Crespo a que o líder bloquista respondeu com o rigor conhecido.
Comprei hoje mesmo o livro na FNAC e comecei a le – lo.
A obra, mostra como o nosso País é dominado por meia dúzia de famílias e estas, senhoras da Economia e das Finanças, são os patrões dos políticos e depois mostra a corrupção moral e material que advêm desta ligação doentia.
Esta é o suficiente, para o País estar no que está, ser o mais pobre da Europa e com a maior desigualdade entre pobres e ricos.
Assim, custa a ser português, digo eu, sobretudo se não embarcamos nos folclores conhecidos e onde procuram afogar – nos todos.
Devo esclarecer que esta matéria não me era virgem. O esquema de exploração de nosso povo é do conhecimento de muito boa gente, mas agora, ganha forma em papel e passa a ser resultado da análise fundamentada de investigadores honestos que sabem da matéria e se encorajam ao ponto de afrontar o maior cancro de Portugal.
Mas deixo – vos um desafio para reflexão:
1º - Esta entrevista é uma manifestação de liberdade.
Não. Foi transmitida apenas, até agora, que eu saiba e de forma meteórica, na SIC NOT, canal da TV CABO, portanto com reduzidíssima audiência. A relevância é quase nula.
2º - A venda do Livro é um desafio aos ali observados.
Poderá ser, mas estes sabem bem como calar os observadores.
Fui logo ao Continente onde o Livro não estava à venda… nem nas novidades. Vertemos se Belmiro aceita o seu retrato nas suas livrarias.
3º - O Prof. Marcelo na sua mais que promovida página na TVI vai citar o Livro?
Se o fizer em que termos o fará? Técnicas de camuflagem não lhe faltam.
4º - Pela importância e oportunidade da obra, veremos em que Liberdade vivemos.
É com estas análises que mediremos o poder de quem nos faz escravos e subordinados inconscientes.
Estejamos atentos às próximas horas.
Caro amigo, se souber quem divulga este livro comunique – nos, para que haja aqui um louvor e um agradecimento em nome de um Povo que vive propositadamente às escuras.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MEU POVO SOLIDÁRIO

Entrei na grande superfície com o cabo HDMI na mão. Ia troca – lo porque tinha um evidente defeito e não servia para a função; fazer a ligação do TV ao vídeo.
No serviço Pós – venda, que não trocavam, nem devolviam os 38 euros que havia custado, porque já o adquirira há mais de 6 meses. Mas é um claro defeito de fabrico, respondi com ar de pedinte, a mostrar as barbas metálicas a sair do lugar como uma deficiência congénita. Que não. 6 Meses e nem mais um minuto!!!!.
Voltei desanimado, à esplanada ali ao lado, onde desabafei em voz alta com um amigo.
Noutra mesa um senhor, com ar de pessoa apressada, pousou o jornal a Bola, levantou a cabeça e atrevido, quase me chamou “artolas”. "Que fazer? Homem, quer ver? É um instantinho. Dê cá o cabo. Espere um instante."
Ainda estava na bica e já ele regressava, com um novo cabo em folha. Ora tome. E devolveu – me uma caixa com o reluzente e almejado artigo, para se pôr a andar como o Ronaldo depois de um grande golo.
Atónito, a segurar o novo cabo, corri para que me explicasse como convenceu a Pós – venda.
“Olhe lá meu amigo, para espertos, espertos e meio. Fui à prateleira dos cabos, procurei um igual. Fui á Caixa e paguei.
Vim cá fora tirei – o da caixa e substitui – o pelo estragado. Depois passei pela Pós – venda e fui devolver o cabo porque não estava em condições. Mostrei o recibo. Devolveram – me o dinheiro e pronto, aqui tem o que é seu.” E foi – se, sem eu sequer lhe dar a minha opinião, ou agradecer, numa saída gloriosa, como o feiticeiro de Óz ou um Robin dos Bosques, ou um desses grandes nomes que todos conhecemos de ver a sorrir para as câmaras.
“Onde é que eu andei estes anos todos? Sim?” perguntava – me enquanto me certificava de que a polícia não me perseguia. Se alguém me perguntar quem era o meu comparsa, diria simplesmente:
É um homem português, do povo, usa camisa e jeans, tem aí uns 50 anos e lê a Bola.

sábado, 16 de outubro de 2010

NO DIA SEGUINTE


Passei mal a noite. Um médico amigo disse – me pelo telefone que nada havia a fazer e que as dores são mais fortes que as de um parto. Aguentei até poder.

Ao meio – dia lá estava eu outra vez nas URGÊNCIAS.
Porquê tanta gente? Segredou – me uma enfermeira; não vê que é 6ª feira? Muitos filhos deixam – nos aqui porque é fim de semana.
Ao que vinha? Que não fora suficiente o tratamento disse eu.
Fui logo, logo, depois de visto por outro médico castelhano, encaminhado num sinuoso itinerário por entre as mesmas e outras macas e utentes uns delirantes outros não, até à sala onde se estabilizam os enfermos. A velhinha mãe de gémeos, que antes chorava, num drama comovente, agora cantava canções desconhecidas.
Tentei dizer – lhe qualquer coisa, mas desisti porque a dor não deixou e já me apontavam novas agulhas e acenavam com o copinho enquanto uma enfermeira me queria na Eco.
Deram – me uma injecção para as dores e segui para a Eco um pouco aliviado. Aí o especialista espanhol, entrava e saia de meia em meia hora sem me dar ordem de entrada.
Entretanto ouvi uma velhota que ali aguardava uns exames; que tinha tudo. Mostrou – me as pernas. Tinha sido operada aos joelhos e que tinha um Toyota com 12 anos e 30 mil quilómetros à porta de casa. Não pode guiar mas ninguém lhe dá o que ele vale. Comprara – o porque trabalhava na Toyota e ao lançarem o modelo fizeram preço especial ao pessoal.
Pouco depois, foi despedida e agora com ele à porta de casa foram colocar ali cobrança de estacionamento. Que havia de fazer à sua vida? Com 300 euros de reforma ainda teve que trocar de pneus que estalaram com o sol. O único filho morrera há 4 anos. Era pescador e mesmo à entrada da barra de Faro o barquito virara – se. Morreram quatro. Salvou – se um de 22 anos seu sobrinho que nunca mais quis ir ao mar. Ela confessa que também nunca mais viu o mar. Era difícil não o ver mas não lhe perdoava.
Passou o doutor espanhol mais uma vez. Seria desta?
Vim a saber que ele não era a tempo inteiro. Era contratado e fazia ganchos. Quem mo explicou era uma senhora que não se calava e dizia ter uma úlcera gástrica de origem nervosa.
Que a vida não estava fácil, que ninguém a ouvia, que tinha um lugar na praça de Faro e todos os sábados monta a sua venda na Feirinha de Olhão. Vende figos secos, frutos secos e azeitonas. Proibiu – me de comer azeitonas e receitou – me chá parte pedra e chá de barbas de milho.
Estava nesta quando irrompe um homem mal encarado que pára a seu lado e lhe grita “ intão ulcera!. O que tu tens é ulcera na língua!. Sofres é da língua!. Vamos já à minha frente” e ela sem parar lá me dizia a despedir - se; vê , vê a culpa é dele… ninguém me ouve….
Acabei por ter outra crise. Voltei à enfermaria. Estava a mudar de cor, disseram a enfermeira graduada e o auxiliar. A correr, o médico espetou – me um opiácido que me entreteve até me endireitar e ir enfim, à Eco, onde já tinham prendido o especialista que em dois minutos me esfregou a barriga e descobriu, com alegria, uma pedra de 10 milímetros que já não estava no Rim mas à entrada da uretra. Com esta novidade vim até ao médico que desta vez me esperava.
Assim e com uma bomba em SOS, vim para casa, perdão para o barco onde depois de passar pela farmácia me enterrei numa almofada e acordei, pelas 5 da manhã, à espera que o matacão saia de qualquer maneira.
Gastei ao todo 10 euros. Bem haja o Serviço Nacional de Saúde que alguns ilustres políticos querem exterminar.

NAS URGÊNCIAS


Uma dor intensa na caixa torácica, levou – me, aos ais, esta madrugada, ao Hospital de Faro.
Às 6 da manhã o hospital estava tranquilo, excepto alguns 50 velhos deitados, entubados, a espernearem sobre as macas das urgências. Uma avozinha, um farrapito humano gritava numa vóz aguda que nunca maltratara ninguém que tinha dois filhos gémeos um dos quais perdera uma perna no mar. A velhinha é da Fuzeta e não se calava exigindo um tratamento digno e respeitoso. Outra, esta mais nova, discutia com outra de outra maca que não lhe ligava nenhuma. Chamava – lhe nomes e provocava, mas a outra, estava mais para lá do que para cá.
Velhos pescadores com problemas de coração, próstata, pulmões e espessas angustias nos olhares.
A antecâmara da morgue, pensei.
Fui atendido por uma médica espanhola. Cara de sono a lembrar uma tortilha. Se não for uma coisa mais grave, é uma cólica renal. Foi o primeiro palpite. Análises, raio x e espera na sala 1.
Pouco depois estava a ser espetado, a urinar para o copinho e a ser encaminhado para o raio. Vieram as respostas. A espanhola saíra de turno e agora um jovem espanhol espalhava encanto junto do pessoal e enfermos. Não parava no mini - gabinete .
Despedi – me de alguns velhotes que lamentei e enfermeiros que admirei calado. Senti que ali apesar das condições más o pessoal da enfermagem, todos jovens, esmeravam – se em cuidados, atenções e até ternura.
Uma velhinha que não dava por nada, era penteada com um desvelo comovedor por duas enfermeiras. Uma segurava – a e a outra alinhava -lhe os cabelos brancos de neve, como se fora sua mãe ou avó. Um enfermeiro tipo atleta, ao mesmo tempo que lhe ia falando, dava uma papa à boca de um homem que outrora terá sido um forte e destemido pescador.
Notei como os enfermeiros e outro pessoal que saia de turno observava o estado de cada um. Minuciosos, atentos, tranquilos, conscientes da importância da vida e do sofrimento dos outros, transferiam para os outros, com seriedade, as situações individuais.
Eram 14 horas, tirei os meus resultados da mesa do doutor e pedi – lhe opinião. Achou estranha e atrevida a minha decisão, mas não teve outra solução; era cólica de rim. Isso sentia eu. Passou receita e ala que se faz tarde.
Cheio de fome, enjoado pela doença , fui junto á pequena Marina de Faro para comer qualquer coisa antes de tomar os comprimidos.
Estava um sol amigo. Tirei o blusão e só, quando veio a torrada, verifiquei, ante o olhar assustado do empregado de mesa, que mantinha no braço direito uma agulha espetada e no esquerdo uma outra com torneirinha e tudo. Fui ao WC e arranquei – as. Expliquei ao empregado que estava cheio de pressa para tomar comprimidos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A PORTA


OLHÃO
Ria Formosa – entre Armona e Culatra
Já tinha desistido de vir aqui, a esta porta, a este Porto de Abrigo na net. Tenho a sensação de que já ninguém se importa com o que escrevo ou muito menos se escrevo ou não. É natural; são as leis da qualidade ou a da concorrência.
Mas encontrar uma porta fechada sem tentar abrir, sem bater pelo menos, é calarmos o que temos a dizer e passarmos a passeantes sem rumo nem função.
Mas a verdade é que no fundo, no fundo, escrevo para mim próprio, como num acto de contrição. Bato no peito e digo 3 vezes seguidas; por mea culpa.
Os canários também cantam muitas vezes na maior solidão, tal como as cigarras ou os besouros que parecem um black & decker a trabalhar fora de horas. Sabemos que estes fazem - no para chamar as fêmeas, o que não é propriamente o meu caso. Ou será?
O homem, a bem dizer, não faz nada, nem mesmo asneiras, sem que no seu sub – consciente esteja uma mulher a segredar - lhe. Lá dizia Poirot “Quando há um crime – recherche la femme”. Quando não há uma mulher no horizonte, somos como bicicleta sem pedais. Não vamos a lado nenhum. Apetece perguntar “E os que não apreciam as mulheres?”. Bom esses lá têm a sua “trotinette”, responde o macho latino, para quem a vida não anda fácil.
Mas não nos fuja a língua para outra conversa. A verdade é que cá estamos e dispostos a voltar a viver neste espaço etéreo, último mas radiosos refugio para desamparados e desprotegidos.