sexta-feira, 3 de abril de 2020

O FIM 20200404



Acabei de acordar ou talvez ainda não.
Estou feito num molho de brócolos. Não sei se já morri ou vou morrer. Se estão a gozar comigo ou estou tramado e vou desta para melhor. Fiz quarentena voluntária desde há  20 dias. Só saio para dar um passeio no pinhal (que é meu) mas é de toda a gente e ainda bem. Levo o meu cão Ben  e o meu gato Chilly que não me largam felizes. De outro modo não descobria este amor animal superior ao humano. Os filhos proibiram - me de sair de casa para não morrer (ai os idosos |||) Falam - me a pelo menos 3 metros  e os netos que amo voaram a fugir.
Não tenho tido coragem para escrever uma linha. Vejo TV  - admiro o esforço mas raciocinar  não consigo. O PR e 1º Minist. estão bem. Desempenham o seu papel. E nós cá vamos. Os Trump e os Johnson caíram na esparrela e agora o mundo segurando as cuecas risse deles. o Papa coitadinho já não acredita em milagres e os lideres das outras religiões se acreditam em algo é porque estão como eu há um quarto de hora a atrás.  A culpa é dos chineses comunistas malandros, não é os capitalistas liberais que querem dominar o mundo de uma vez por todas.
Estou farto. Está sol lá fora a que o meu filho Ricardo chama vitamina C, mas tenho é saudades da Madalena, da Sandra, da Tereza, e da Katarina (é Moldava com um lindo sorriso) empregadas do Grill- Terrace junto à marginal do Tejo no desaguar do Atlantico a começar e do comboio a atracar em Cascais, onde há anos ia todos os dias pela manha beber o meu "abatanado" quente e cheio, assim como eu.
É disto que tenho já saudades. Que se lixe a Cronovirus. Desiludido já dei o que tinha a dar.

Sem comentários:

Enviar um comentário