quarta-feira, 15 de junho de 2011

10 de JUNHO UMA RAÇA DO CARAÇAS


10 de Junho
DIA DA RAÇA

Perdão. Não se pode dizer “da raça” porque tem uma carga racista, diria mesmo, nazi.
Deixem – se de histórias. Com estas manias é que nos enganam. Pensam que somos como os suecos?, como os chineses?, ou, como os indianos?
Não. Somos verdadeiramente descendentes dos lusitanos que, como dizia um admirado general romano “não se governam nem se deixam governar”. Éramos assim, antigamente, éramos.
Hoje, não nos governamos, mas deixamos – nos governar, como uns senhores querem e lhes apetece. Se não, vejam as últimas eleições. Íamos a descer e optamos passar a entrar num precipício, como se comprova com o prognóstico desses especialistas, cuja palavra aceitamos voluntariamente e com muitos aplausos entregando - lhes o nosso VOTO, a única arma de que dispomos.
Usam o esquema estúpido, em prática em certos programas de TV, para onde a população telefona: “CAMÕ..S. Um grande poeta português. Complete a palavra. E a gente vai tele… ou …votar”. É assim que nos tratam.
Está então decidido que temos que pagar o dinheiro que nos emprestaram e foi para o bolso de uns quantos políticos, empresários e banqueiros. Temos nós que pagar se queremos ser honestos como diz o PR, com o seu ar seráfico.
Afirmam à boca cheia que vivíamos para lá das nossas possibilidades.
Sim, mas já viram que o cidadão comum afinal, não possui nada? A casa é paga em 30 ou 40 anos e paga – 4 ou 5 vezes, o carro é pago em 60 meses, os estudos dos filhos são pagos por empréstimos e quando forem doutores vão para a caixa de um supermercado de mãos estendidas a qualquer Belmiro.
Os portugueses já não são possuidores do seu próprio território ou património. Isto porque a Banca encheu – se à nossa custa e o Estado vendeu e vende o que nos resta.
Nós vivemos acima das nossas possibilidades.
Então, pergunto: e os ricos que ficaram com os cacaus, esses, não viviam acima do que seria justo? Eram então os pobres que viviam na maior, nós que somos o povo mais pobre da Europa… Uma vergonha macabra.
Preocupam – se com os tostões que o Estado dava e vai deixar de dar, pelo rendimento mínimo e pelo subsídio aos desempregados, mas pelo que a Banca amealhou, pelo que os gestores e administradores das publico privadas metem ao bolso (milhões cada um), isso não… Temos políticos que não governam, mas governam – se.
Eles continuarão impunes a ganhar, a desviar, a gozar à nossa custa. Nós, vamos pagar ainda mais.
E continuamos, a acenar as bandeirinhas.
Levados por uma comunicação ardilosa, ajoelha – mos reconhecidos. Só não vamos a Fátima a pé, agradecer, porque muitos, já nem têm sapatos que cheguem para o regresso.
40% dos portugueses encolheram – se porque a sua cabeça não entende o que se passa, tal como o pretendido pelos fazedores de opinião, que é isso que fazem; o cultivo da dúvida.
Vinte e tal por cento disseram: Assim, NÃO.
Restaram os trinta e tal por cento que fizeram o disparate letal, de que seremos todos, vítimas.
Somos de facto UMA RAÇA especial, UMA RAÇA DO CARAÇAS

A RUI TAVARES DO BE

Caro senhor Rui Tavares
Os meus cumprimentos.
Sou leitor assíduo das suas crónicas.
Verifico que, toca, agora, numa questão fundamental para a sociedade portuguesa: a clarificação urgente e necessária dos significados de “direita” e “esquerda”.
À afirmação estratégica, vulgar e conveniente de que “já não se usa” há que retorquir “pois que se volte a usar”.
Fomos levados durante décadas de salazarismo, a um anti - comunismo, ou até anti – socialismo, primários, com o objectivo de nos serem vedados ideais que nos orientem para ideais humanistas e sociais, incómodos às elites dominantes.
Isto, ainda ocorre hoje com evidente eficácia. Com truques de dialéctica, de simulação, de prestidigitação, na Comunicação Social, de selecção, de uma forma sub-reptícia, mas perceptível, a quem ali trabalhou durante muito tempo, pois, a “esquerda “ tem de ser o lado mau, caricato, e anacrónico da democracia.
É a questão determinante entre nós. Jó assim se justifica que em vésperas de naufrágio, ainda se vota em quem o originou. Maneira aberrante de se assistir a um funeral. Para esta população, mais grave que isto, só um governo de esquerda. E não sabe porquê.

Há pessoas que votariam à esquerda, mas se lhe perguntarem porque não o fizeram, respondem simplesmente: “porque não”.
Esta ignorância atávica, semeada paulatinamente pelas nossas TVs, rádios e jornais, é o único garante da continuidade desta elite económica e política, detentora da palavra e do recado dos donos dos órgãos de comunicação e do seu séquito fiel que só assim subsiste.
Diz – me – à que há pluralismo nos média. Não há.
Repare; nas trinta e tantas páginas do jornal onde Rui Tavares publica, não mais que uma dá assomos de liberdade de expressão. Entre 20 ou 30 fazedores de opinião, só 1 ou 2 são de “esquerda”, perdido na amálgama de afirmações e insinuações que logo ali desmontam e montam a seu belo prazer.
A colocação de uma notícia no telejornal, os planos registados e os transmitidos, a apresentação e pós apresentação dessa notícia, a fotografia, a linguagem e a oportunidade, adulteram qualquer hipótese de comunicação honesta e pluralista.
É por aqui, que os partidos de esquerda, numa “campanha”, verdadeiramente nacional, como serviço publico, cruzada ou movimento de salvação, (porque não?), têm que começar.
Só assim lograremos uma população livre dos anti - corpos ardilosamente disseminados e cimentados no entender geral.

terça-feira, 7 de junho de 2011

MISERIA INSTITUCIONALIZADA


Os políticos, incapazes de porem cobro à fome que avança, a olhos vistos, passaram a apoiar qualquer espécie de esmola que sirva para adiar as soluções que cada vez se tornam mais inadiáveis.
Uma das grandes iniciativas que tem o apoio, desde o domagnânimo Presidente da Republica, a distintos lideres políticos, incluindo alguns ditos da esquerda, é o Banco de Alimentos. O carácter bondoso da população e o negócio crescendo dos supermercados, intensificou – se. Igualmente milhares de portugueses, agora também da classe média ( a descer) passaram de mão estendida, a deslocarem – se aos armazéns do BA para se abastecerem.
Começou há cerca de 3 anos. Circunscrito à oferta de sacos em supermercados que cada cliente deverá adquirir comprando ali e devolver devidamente cheios aos voluntários presentes, conhece agora novas formulas.
O BA constituído em Federação, devidamente regionalizado, adaptou – se às novas tecnologias e na NET recolhe 68 mil toneladas de alimentos numa semana, quantidade reveladora da tragédia que se abate sobre o pvovo mais pobre da Europa..
Seria de louvar a adaptação à modernidade das suas e nossas capacidades, se não fora o objectivo tão trágico como vergonhosos.
É tão degradante o gesto de dar esmola, como é o do autismo da classe política, que prefere olhar para o lado, em vez de solucionar o problema da fome e da miséria. Prefere apoiar estes gestos colectivos, que nem aos católicos deve orgulhar.
As campanhas de solidariedade, em crescendo, são verdadeiras campanhas de miséria e vergonha para o Povo português que ainda, a exemplo dos seus governantes, não consegue distinguir “esmola” de “direito mínimo” para viver com dignidade.
PEDELEKE em reparação

segunda-feira, 6 de junho de 2011

NA BOCA DO LOBO


Sai de casa ontem pelas 20 hs. Aguardei até ouvir os primeiros resultados das Eleições.

Fui jantar ao Palácio da Independência com a equipa com que trabalhei no último mês.
A política passava à porta. Só amigos, arte e missão cumprida.

Sócrates foi corrido por má figura. Os socialistas saíram calados que nem ratos.
Passos o grande vitorioso. Ufano, mas sóbrio.
O Bloco de Esquerda, em quem eu depositava confiança, molestado, encolhido e envergonhado.
Entendo os resultados: Grande abstenção. Não havia em quem confiar.
Os portugueses não queriam mais o PS porque estavam assustados, com razão e foram – se meter na boca do lobo.
Ignorantes, mal informados ou teimosos, vão aprender a lição.
Será muito bem feito.
A democracia para nós é uma aprendizagem…
O pior é que só se aprende na Comunicação e essa é e será sempre a dos vencedores.
Que fazer?

O ULTIMO A SAIR


NO PAÍS MAIS POBRE DA EUROPA
O ULTIMO A SAIR
Venho aqui hoje, depois de uns dias muito agitados.
Fiz o O ULTIMO A SAIR um programa na RTP que pretende satirizar os programas Reallity Show e de uma maneira geral a informação engravatada, pondo a nu a hipocrisia, a vaidade e a instrumentalização. Gozei comigo próprio, pois então? Quem sou eu que até já nem uso gravata?
Só por isto aceitei o desafio desta equipa muito, muito jovem. Parece ter sido uma pedrada no charco.
Pela parte que me toca, fui ridículo, controverso e mostrei o outro lado de mim próprio que andava escondido no politicamente correcto.
Nem toda a gente entendeu assim. Paciência. O mal é deles.
SEM RESPIRAR
Entretanto tive uma infecção nas vias respiratórias que me levou às portas do Hospital. Queriam internar – me mas os compromissos, num momento nevrálgico venceram… e milagre, depois de 3 semanas, com tratamento in extremis comecei a melhorar. Estou convalescente, mas já respiro.
Apanhei um grande cagaço: é que além do mais não há semana em que 2 ou 3 amigos, ou conhecidos até mais novos, alguns embarquem para o além. Não tinha graça nenhuma em que ando cheio de tesão e de amor.
O VOTO
Por último, venho aqui porque depois de amanhã há eleições.
Antes do resultado quero deixar aqui para mim ou para algum curioso que pouse neste galho, a minha convicção de que não vão melhorar a vida dos portugueses.
A campanha tem sido uma fraude, como aliás a nossa vida politica e colectiva de há uns 20 ou 30 anos. É uma vergonha: a comunicação domina e prepara como os patrões dos média recomendam, o voto da cambada de vesgos que vêm TV como quem come tremoços. Ou pior ainda, estes, até comem as cascas a julgar que lhes fazem bem.
A grande fraude está no ar e nos jornais. É uma traição, uma escandalosa falta de respeito pela população que segue como se ela tivesse a última palavra. Mentira. MENTIRA!!!!
Virei aqui no dia 6, espero.
Estou farto desta merda.

sábado, 4 de junho de 2011

TEMPO DE REFLEXÃO



Espero que dê frutos.