sexta-feira, 2 de novembro de 2018

AGORA OU NUNCA


           Estamos metidos num saco do tamanho da Terra, cada vez mais apertado, onde se misturam as batatas com as cebolas, com os nabos, com os tomates, com as carnes e os peixes, com tudo o que é possível imaginar no meio de terráqueos incansáveis nas suas excreções em crescendo.
Os cheiros são de tal modo e numa forma agressiva tal, que só encaminhando as populações para ações aparentemente louváveis, mas nem sempre, como as religiões, os corruptos futebóis, as idiotas modas, os inconfessáveis jogos ou outros vícios, e as balelas políticas é que nos vamos distraindo e sobrevivendo.

Um dos exemplos mais claros está na forma como agem os países que afinal já não pertencem a si mesmos, mas sim a empresas multi, multi - nacionais de face não identificável porque se alimentam de dinheiro, fruto na grande maioria dos casos da corrupção, da alienação e dos poderes militares e comunicacionais que apenas se subordinam a esses poderes maléficos.
Os países procuram servir, para além dos ultrassecretos “donos disto tudo”, uma parte privilegiada da população de modo a que esta admita aquilo a que chamam “democracia” mas que nem sempre se baseia, nos direitos essenciais do cidadão sobretudo no que respeita à formação cívica e cultural que lhe permita separar o trigo do joio, agir em conformidade, isto é; numa diretriz justa e oportuna contra uma qualquer ação promiscua ou interesseira.
É a educação a grande e única força capaz de melhorar uma sociedade. E educação entenda – se não apenas como cultura, mas como o cultivo de princípios intocáveis de respeito humano.
O que, sem qualquer contestação, continua a passar – se em muitos países de África, Ásia e América é o que leva milhões de pessoas a saírem do local onde nasceram e procuraram viver dentro dos possíveis para arriscar nos locais impossíveis, ou até a naufragarem no Mediterrâneo, o mais recente palco da miséria humana. Os seus países são explorados por entidades baseadas luxuria e comodamente nas grandes capitais, mas, continuando tentaculares em territórios hipotecados de acordo com os seus lideres vendilhões e traidores.
O exemplo mais recente é o de Angola, terra fértil, mas com uma população a viver abaixo do mínimo aceitável, com falta de tudo e até medicamentos, inclusive vacinas para as crianças, mas cujos lideres até agora não se coibiam de mostrar a riqueza que detinham ali, nas américas, na Europa e onde quer que fosse.
Como se tem visto, na ânsia do lucro os lideres de outras nações, na mira do “negócio”, prestavam – lhes vassalagem e até se abraçavam efusivos.
Mas felizmente, com a ascensão recente surpreendente de João Lourenço, tudo parece estar a mudar.
O fenômeno anuncia – se apenas com o afastamento dos mais corruptos, os que que mantiveram esse novo país sob a tirania e o abuso do poder. Com a ascensão da justiça espera – se uma revira – volta auspiciosa e exemplar naquilo que o Presidente afirma ser uma das prioridades; a luta contra a corrupção e o nepotismo, a bajulação e a impunidade que leva milhões de cidadãos à asfixia absoluta. Como já ali se diz hoje, um poder que se serve, em vez de servir é um poder que não serve.
Afinal é ali, como aqui... como em todo o lado.


1 comentário:

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