é um desabafo, uma dor de alma, um grito vertido assim, a medo, mas com uma vontade enorme de mudar o mundo, ou apenas mudar o autor.
domingo, 31 de julho de 2011
ferias até quando?
Tive visitas.
Portanto, não tive tempo. Isto foi preparar os pequenos - almoços e abalar pelas margens da ilha do Farol e Faro, mergulhar nas águas que tardavam em aquecer, pescar e irromper por tascas e tasquinhas, com apetites devoradores e à noite, pastorear a molenguice que nos arrasta de cansaço e tranquilidade. Foi bom, só que, o objectivo de vida vai – se nestas peregrinações ecológicas e gastronómicas.
Terminei a minha participação no Ultimo a sair com filmagens de pivot, aqui no barco. Ainda me diverti. Na rua as pessoas olham – me curiosas pela falta do bigode ou porque nunca me imaginaram a dizer javardices na TV. Aliás acho que são a melhor oratória para os comunicadores conscientes ; não dar crédito ao politicamente correcto, aos engravatados e aos empoleirados num poder podre e macabro. É minha maneira de dizer NÃO.
Termina o mês e começa o que os portugueses mais querem para as férias. Vão – se os morenos e chegam os branquinhos.
Muitos estrangeiros e nativos, lado a lado, nas bênçãos à natureza.
Parece que vem mesmo a propósito para nos esquecermos, ou para passar despercebido o assalto declarado ao património nacional, à soberania, à dignidade de um povo que se deixa ludibriar de forma inaudita, direi até “inaudiota”, tais são os subterfúgios para fintar a estupidificação semeada a todos os níveis.
Curiosamente os jornais estão até espigados, como convém para dar ideia de liberdade e democracia, mas a malhar em descompasso e em matérias que dão que falar mas não dão para “estoirar”. Já se vê que Passos Coelho é afinal um Sócrates mas mais determinado e com um descaramento que nos deixa boquiabertos.
Implanta o seu neo – liberalismo ou o capitalismo cego, porque na sua visão não vê nada mais que a Troica e o que ela manda. Por isso e para isso foi o eleito.
Nunca duvidamos que ele e a sua equipa são os mensageiros fieis dos “senhores do mercado” isto é, da banca nacional e internacional, que nada mais quer que o seu dinheirinho, com juros desumanos para os pobres e sem juros para os ricos.
Neste último ano os ricos aumentaram a sua riqueza em quase 20 % e o número de pobres aumentou 40 %. Bem noto na rua e no olhar das pessoas.
Temos que agradecer esta paisagem, aos nossos líderes que semeiam desgraças e misérias.
Que férias descansadas teremos.
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