quinta-feira, 14 de julho de 2011




Logo pela manhã estava eu no Aries, na Ria Formosa quando toca o telefone:
Está Pai. Tudo bem? (era o Ricardo)
Sim filho e por aí?
Também.
Então?
Só para te pedir que trates bem a Emily.
Aqui a minha cabeça rodou 360 graus. Eu trato, como se minha filha fosse, a mulher que o meu filho escolheu e que me deu a neta mais maravilhosa do mundo… agora…
Sim Pai, é que ela vai…. dar – te… mais um neto.
Senti o barco baloiçar, a vida a sorrir e um menino igual ao Cado que tanto tenho amado.
Senti – me com um maior peso sobre os ombros, mas curiosamente, mais rico, não de dinheiro, mas mais rico de mas de vontade, de animo, de coragem, de amor, a enriquecer, isto é, a pensar que valeu a pena ter enfrentado a vida e constituir a família que fiz. Mesmo com muitas incompreensões, com momentos dramáticos, mas com muitos, muitos momentos de grande ternura e alegria.
Pouco depois, no telemóvel uma mensagem da Peggy : Vamos ser avós outra vez.
Telefonei – lhe.
“ Já viste? Estamos tramados…” Disse ela, no fundo alegre, porque a vida é mesmo uma aventura assim.
Estamos, estamos, apreensivos. As condições de vida estão a complicar – se, o futuro complexo, viciado, tortuoso, apresenta – se incerto e preocupante e vem aí mais um para a família. Vem meu amor. Poderás vir a ter uma mundo difícil, mas ter+as uma família que te vai ajudar e estar até lado até quando for possível. Traz – me, mais uma razão para lutar.
PS : E tu Nono ? Prepara – te. Lá para a Primavera, vais ter um maninho ou maninha, vais ser a mais velha, tu que sempre que fazes qualquer coisa, nos teus vinte e poucos meses, como arrumar um brinquedo, dar um beijo, ou acordar, dizes, feliz “já está” podes dizer “já está e… estamos todos à espera”.

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