ARIANE LIBERTA

Ariane

Está com erros e indecisões.

É o rascunho.

Corte, acrescente e atire ao lixo se não quiser.

OK?

20170518 ARIANE espectáculo

Vamos então preparar - nos para o momento de encontro dela com a vida a música dos outros e a sua e afinal o encontro com nós próprios.

Hoje é assim... qual tele-ponto qual ?

Venho fazer um radiografia à nossa Artista.

É bem verdade que quando admiramos alguém queremos saber mais a seu respeito ; s estrelas de Holliwood, o grandes escritores, etc etc, até os políticos, o  Tramp, por exemplo. Queremos penetrar nos seus sentimentos no seu sub consciente se possível. E devo dizer - vos que o da Ariane deve ser bem interessante. Eu diria mais - esta dama é um stady case.

Eu que a conheço há mais de 4 décadas posso dizer que só depois de a estudar de a desnudar (salvo seja) é que me atrevo a  mostrar- vos as conclusões a que cheguei e que vou partilhar convosco.

Ora vejamos

Nasceu em Espanha, filha de um espanhol e de um portuguesa.

Vive por aqui Estoril desde criança. 

Se lhe perguntar qual a Nacionalidade diz - se peren tóricamente Ibérica.

Conhece o mundo inteiro mas a cidade que mais gostou foi Estocolmo.

Confessa que tem uma paixõ pelos Açores.

Ama o nosso país e este pedaço que todas as manhas calcorreia em passo de ginástica pela muralha para manter o físico e como ela diz o espírito liberto e solto. E está perfeita como se pode ver.

Para Ariane corpo é o templo da sua alma. Diz ; é ali que conhecem os mais sublimes e inesquecíveis rituais.!!!!!!!!( dá para pensar)...

Andou nos Salezianos e no Liceu de Oeiras onde era conhecida por Gata. Já cantava nessa altura mas creio que a chamavam a Gata porque arranhava com facilidade.

Quando gosta ama quando não gosta ignora ou foge.

Sempre cantou, apreendeu Música, toca piano, criou. Canções lindas e tem inspirações dignas de serem sublinhadas.

Fui ao Facebook e recolhi estas afirmações dela, ao acaso e ao sabor do momento.  

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Pedi aos dois artistas que a acompanham e que tão bem se conjugam o que viam nesta artista

Rogério parou a guitarra  olhou o espaço e disse quando ela tinha 50 anos contava bem agora... como quem diz cada vez melhor.

Rafael o piano com que ambos falam ... é uma mulher tão talentosa quanto sensível.

 Desafiei - a

Falar sexo - Sim mas fala com um só de cada vez porque  sexo é uma lição em fascículos. ( aqui eu procurei ir o índice, mas quando dei por mim já ela estava noutro lado)

Homens - especialista? Diz que não é mulher para ser seduzida.e remata : sexo sim mas sem género, sem afinidades e sem enigmas.

O que é a fidelidade para Ariane - Fiel? Só sou fiel a mim própria. Diz com aquele ar determinado que a caracteriza. 

Mudei de assunto : 

Prato preferido - Feijão branco com mãos de vaca.

Eu fiz uma careta; esperava um prato muito especial mas...

Cultura - está - se nas tintas para a dos outros. E diz displicentemente : tem a dela e é quanto lhe basta.

Sente - se possuída de um estranho poder . Eu explico : Ariane olh - nos nos olhos e retrata - nos num relance- é verdade Num instante conclui este é poeta, este é escritor, este é cientista... bem este é a senilidade em pessoa.. diz - se culto mas um tudo na vida.

Nem quero quem diga como me viu ...

Como já disse é apaixonada pela música diz que cada canção traz um recado, e acrescenta; uma boa música é como agulha num palheiro, e conclui que quando lhe toca a ela é como um recado, acompanhado por uma imagem, como se fosse um quadro.

Ariane sublinhou que só conta as canções que sente verdadeiramente.

Vou, peço desculpa, recordar um momento doloroso mas que retrata o que Ariane diz. - Beria, de quem eu era amigo e admirava, o seu marido, um sueco simpático, homem que a amava e muitas vezes a acompanhava o piano faleceu. No funeral acompanhei a Ariane e a xxx na carrinha funerária. Era grande a dor e o respeito mas Ariane começou a cantar e foi sempre. Cantar para o momento e para o companheiro que partia.

Eu olhava de soslaio e começava a entender esta mulher inesperada, dotada de múltiplos talentos e de uma energia inesgotável.

É a experiência que tem adquirido pelos 4 cantos do mundo a conhecer gente e a levar os seus poetas os seus músicos e sobretudo as suas canções. Canções que são pedaços de vida, envoltos em sentimentos, que surgem como um grito de amor ou de revolta, mas um grito por estar viva... perguntei - lhe se credita em milagres...

Milagre é estamos vivos num mundo conturbado como vivemos. É uma mulher... Que só conta o que entende, o que sente e o que ama.

El irá cantar um canção de Xavela Vargas um símbolo da canção mexicana mundialmente conhecida. Morreu há pouco com 93 anos. Dedicou um canção essa que estou ansioso por voltar a ouvir porque dizi dedicou - à pintora também mexicana e mundialmente famosa Frida Calho por quem nutria uma amizade fora do comum. Ariane cantou - a e Xavela pouco depois telefonou - lhe comovida pela forma como esta mulher noutro continente a milhares de quilómetros entendia tão profundamente os sentimentos de duas mulheres tão diferentes e distantes no  espaço mas próximas nos sentimentos. Este é o milagre que uma grande, 3 grandes artistas nos concedem hoje.. Quero ouvir porque Ariane transcende - se ultrapassa o que é humano e projecta no coração de quem ouve uma estranha mas maravilhosa emoção.

Pronto pronto não digo mais

CHEGAR AOS 100

       A jovem locutora de TV com um belo sorriso aproxima – se do velhote que rodeado de amigos festejava o seu 1º Centenário.

Soletrando – Agora, gostaríamos de saber, qual é o segredo, para chegar aos 100 anos. -E põe o microfone a 10 centímetros do nariz dele.

O aniversariante de chapéu branco e lenço garrido ao pescoço olha –a atento, retribui o sorriso, abre muito os olhos e responde lacónica, mas esclarecido – É só não morrer.

Eu, o telespectador, num relance vasculhei as conclusões próprias sobre o mais intrigante mistério dos seres vivos e concordei com o velhote.

Magiquei, mas aos ouvidos como por magia ecoou - me uma canção. Era a Severa que já não ouvia há décadas:

 Ò tempo volta para trás

Dá-me tudo o que eu perdi

Tem pena e dá-me a vida

A vida que eu já vivi

Ò tempo volta p'ra trás

Mata as minhas esperanças vâs

Vê que até o próprio sol

Volta todas as manhãs

Vê que até o próprio sol

Volta todas as manhãs

Recuperei e gritei para mim próprio –Não podemos perder tempo, ele é afinal a própria vida e não podemos desperdiça – la.

Mas de repente arrepiei – me ao concluir por um outro desabafo : Antes morrer que perder a vida.

E AGORA VERÃO

Lá se foi mais um Verão.

E se há período do ano onde recolho mais lembranças para o resto da vida é no Verão.
Lembro quando na Parede ainda mal sabia andar, ia para a praia de triciclo e entre rochas aprendia a imitar os nadadores, a olhar para as poças como se elas fossem um mundo novo a descobrir e quando na areia fazia castelos e perseguia as pulgas que mais tarde desapareceriam dali. Depois, quando já morava em Sassoeiros ia e vinha com o resto da família numa charrette puxada por dois cavalos. Durante um mês, sempre para o Pérola, onde tínhamos uma barraca ao lado das de outras famílias mais ou menos conhecidas mas fieis a este hábito. Era o banho do banheiro que nos mergulhava a cabeça como num ritual à hora certa e segurando-nos, terminava com um mergulho mais solene, e como dizíamos, para pentear, depois era o almoço que a pobre empregada, a pé, trouxera lá de casa. Uma soneca dentro da barraca, e despertávamos com o espetáculo dos Robertos, pequenos fantoches que paravam na areia de 200 em duzentos metros, sobre um palco de metro e meio, e por ultimo, o direito a uma Bola de Berlim que alentejanos idosos incansáveis, vinham todos os anos vender nestas praias.

Nas portas da adolescência, lembro que éramos avisados pelos colegas “olha, há miúdas em biquíni no Tamariz” e para lá corria o bando, em bicicletas ou no comboio, para admirar as bailarinas do Casino que se queriam queimar, desafiando toda a ordem e a moral vigentes. É que era proibido as mulheres andarem de biquíni e os homens teriam que usar uma camisola de  alças dentro ou fora de água. O umbigo das mulheres e os cabelos do peito dos homens eram um atentado pornográfico objetos de multas e reprimendas

Seguiram - se anos em que já homem, a praia era esporádica porque cedera à aventura da vela, ao trabalho e a outras obrigações que não se compadeciam com o desejo de espraiar.
Gastaram - se décadas, até que chegamos a um cenário bem diferente. As praias hoje estão cheias de gente, guarda-sóis, turistas, imigrantes e comércios alimentícios e surfísticos em crescendo. Mal assentei arraiais na praia da Rata ou da Moita, entre Cascais e o Monte Estoril, arrumei os flashbacks, sim porque os homens andam de calções pelos joelhos e elas, elas, algumas em top less, mas a grande maioria, gordas e magras de todas as idades, imaginem, de fio dental. Um fio desafiador... provocador...bem humorado quando se desloca, parecendo sorrir para o observador, ate desaparecer por artes mágicas e a aguçar a imaginação na maioria dos casos analisados. Um fenômeno impar na evolução humana neste início de século. Inimaginável há meio século atrás e que tiraria o sono a Aristóteles e muito mais a Darwin.  Daqui a vinte anos andarão todas nuas ou todas tapadas? Que mais poderá esperar este bom rapaz, sensível, atento e distraído qb.?.

AUTO TERAPIA

Atenção vou reiniciar a minha auto - terapia.
É que o mundo  (o clima, as pessoas, os políticos a política, a comunicação, a arte, etc.) está tão aberrante que preciso meditar com algum método, franqueza e arrojo.
Afinco as pontas dos dedos nas palmas das mãos e reabro o Pedeleke amigo , afinal dos poucos, inseparável.

A PAIXAO AINDA MENINA

Tinha acabado de ler a mensagem que recebera do Editor deste “Jornal” a agradecer as felicitações que eu, há pouco lhe endereçara pela qualidade gráfica, interesse, facilidade de consulta na renovada e moderna apresentação da anterior edição. Ele agradecia as felicitações em nome da sua muito estimada e apreciada equipa, e pedia – me para, já agora, não me esquecer de lhe enviar a minha colaboração já na próxima semana.

Respirei fundo e ainda mantinha um sorriso quando a minha neta Laurinha de 6 anos me convidou para ir jogar às cartas conforme a promessa que lhe fizera minutos antes.

-Não posso ainda tenho um trabalho a fazer e nem sei sobre o que vou escrever.

Olhou – me pensativa. -Não sabes? Olha escreve sobre a paixão - e graciosamente friccionou o peitinho.

Pareceu – me uma infantilidade, mas de repente senti que “paixão” é o que a equipa que aqui trabalha revela no seu trabalho e que paixão é o seu combustível. Sim porque sem paixão não se consegue fazer nada de útil para nós e muito menos para os outros, que paixão é o que faz o mundo avançar, como a dos filósofos sobre o pensamento, a dos matemáticos sobre os números, a dos pintores sobre as perspectivas, a dos religiosos sobre as promessas, a dos músicos sobre as músicas.

Cada um de nós se tiver uma paixão vai mais longe transformando a vida numa caminhada feliz.

É preciso paixão sim senhora (ainda menina), e vejo que sem eu dar por isso, revelo também paixão,  ao apoiar esta gente voluntária cheia de entusiasmo e amor.

Obrigado