segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

AQUI HÁ GATO


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20161028 (para que conste)

AQUI HÁ GATO
“É tão desonesto o que vai à vinha como o que fica ao portão”.
Mas como se vê  os políticos (alguns)não pensam desta e da mesma maneira. Os políticos e os banqueiros.
A recusa de mostrar os rendimentos da nova administração da CGD e a desculpa do nosso “primeiro” são sintomas preocupantes mas que deverão merecer a reflexão de todos os portugueses.
Se alguém esconde é porque aqui há gato.
Há, há,  gato e escondido com o rabo de fora.

Ufa!!!!Até que enfim


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 (fora d`horas mas para que conste)


CRÓNICA de FIM de ANO         
Ufa!!! Até que enfim.



Uma mão cheia de amigos passou – se para o lado de lá. Temos que nos habituar até chegar a nossa vez.
Incêndios a torto e a direito, aldrabices consecutivas; se eram postos se foram apagados, se os bombeiros almoçaram ou ficaram a arder, greves, ameaças, desde os das cantinas escolares às dos médicos com tensão alta, escândalos vindos a lume e outros em fila de espera, polícias que batem e os que levam, mendigos que dormem na rua e os mendigos ou não, que nem dormem, etc. Um etc inesgotável escondido na penumbra de uma informação fulcral para o presente e futuro de qualquer sociedade, condicionada e em zig zag, veja – se o que se passa com as rádios locais que definharam a tocar rock e TVs e jornais, porta-voz de interesses que só os mais atentos descobrem. Veja – se o que se passa com a Anacom e com a Entidade Reguladora da Comunicação Social frente aos interesses constituídos ou a constituir à volta de uma Constituição com defeito de fabrico. 
Devemos ser dos países do mundo com mais jornais, rádios e canais de TV de religiões e  futebóis.  
Ufa!!!
O que vai claramente de vento em popa e aumento das instituições de caridade. Exemplos entre muitos mais; é o Banco Alimentar que cada vez tem mais colaboradores e utentes e a Santa Casa que some e segue com a doença de milhões de portugueses coagidos a jogarem de forma vergonhosa e eloquente.  A Santa Casa da Misericórdia vira banca no Monte Pio.
Cresce a miséria na proporção da riqueza de uns poucos (famílias felizes).
Ufa!!!
Pagamos a eletricidade mais cara da Europa e continuamos a subsidiar quem nos explora. Só vê quem tem a luz apagada. Os outros são míopes.
Continuamos a emigrar como no tempo da outra senhora. Só que agora não partem analfabetos nem a pé... mas também não sabem se voltam.
Ufa!!!
Quem vem em catadupa são os milionários e endinheirados chineses, árabes, americanos, alemães ingleses e até espanhóis, comprar as casas que não podemos pagar, os terrenos que não cultivamos, os negócios que não manejamos, e até, imaginem,  propriedades do Estado.
A Geringonça, ve – se, que tem medo e até consciência disto tudo, mas quem lá anda é que sabe e um dia havemos todos de saber.
Mas agora mesmo aconteceu um milagre; o nosso Ministro das Finanças vai dirigir as finanças da Europa.
Se passa a tratar os patões por tu foi meter – se na boca do lobo.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

O MILAGRE DE OLHÃO


Era a despedida do Verão e um sol lindo, um mar doce, areias finas e turistas a evacuarem - se isto é, alguns a regressarem às suas terras e outros a ficarem nas casas vendidas à pressa por muitos algarvios. Mal pus o pé numa das ilhas paradisíacas da Ria Formosa uma picadela no braço esquerdo levou - me a uma dança moderna de contusão e dor. Pouco depois crescia um vermelhão e uma coceira intermináveis.
Um cidadão voluntário pôs - me uma pomada e a dor abrandou. O vermelho é que não. É perigoso dizia ele.
Regressei a terra. À noite voltou a doer e o inchaço pesava ao mesmo tempo que a mão respetiva entorpecia.
Mal clareou corri para o Centro de Saúde. Ninguém, exceto o pessoal, que me avisou  de que médico ali, só às 8 da noite e acenando com a cabeça, só daria 8 consultas... nem mais uma. Mandaram - me para outra cidade, Loulé.
Com o braço ao peito e palavrões na boca rumei a Loulé, passando por Faro. Mas alguém me lembrou que havia greve nos hospitais mas havia uma alternativa quase local- o hospital particular de Gambelas.
O GPS levou - sem sirene, em pouco tempo. Moderno e imponente, lindo e gentil, logo atendido. O médico, espanhol com olhar clinico, claro, breve e eficiente; toma esta caixa ( 150 comprimidos) de antibiótico,  esta de anti - histamínico e põe esta pomada. Franziu as sobrancelhas e "está bien?". Entregou - - me a receita. Curiosamente no ato, comecei a mexer a mão.
Pensei duas vezes antes de ir à farmácia e me aviar. Voltei ao Atlântico e com o braço de fora mergulhei. Os peixinhos olhavam-me admirados e as pessoas também.
 Sentei-me no bar, bebi um mujito bem gelado, com Rum de primeira. Coloquei os dois cotovelos na mesa onde segurava a cabeça e pensei, pensei como numa oração.
24 horas depois, sem qualquer dor, nem sacrifício, já posso com um justo sorriso, com a mão sofredora e o famoso dedo mal - criado fazer qualquer sinal de alívio ou agradecimento pelo milagre.


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quinta-feira, 20 de julho de 2017

UNS TÊM DIREITOS OUTROS ESMOLAS

Para indemnizarem, como numa esmola de 15 milhões,  as famílias vítimas de Pedrógão é necessária, a intervenção do publico e de privados com toda a burocracia fruto dos furtos habituais, mas quando um jogador de futebol qualquer, é  transferido por 50 milhões   ligeiros e limpinhos, é num ápice, um milagre.  Teremos de reconhecer que esta sociedade está doente e vai mal encaminhada.
Onde ficou a Santa Casa da Misericórdia com os seus milhões e os seus pecaminosos  jogos vícios só parecidos com os da droga ou do fumo?
Intolerável e imperdoável este exemplo, mas há milhares de  outros pelo País fora que passam à margem da lei e do conhecimento publico.
A população enferma de um estrabismo cultivado pelas classes políticas que adiam, protelam, escamoteiam esta indiferença nojenta,  reveladora de falta de consciência cívica e moral.
A dialética sobrepõe – se ao sentido e ao sentimento, à consciência e aos reais valores.
Meus senhores algo está mesmo mal.
Não sei se nos chegará um Presidente renascido das cinza, a brilhar de capacidades e vontades, um Governo atamancado por uma esquerda com o mérito de estar resolvida a resolver, uma Assembleia num campeonato de palavras cruzadas e intrigas novelescas, uma comunicação social ainda longe, a milhas da sua função prioritária.
Temos uma cultura coxa que resvala para o experimentalismo e o exibicionismo, quando o objecto e o objectivo são necessários e palpáveis.
Uma educação que privilegia o “melhor” entre aspas e não o mais válido, o mais honesto o mais participativo nos projetos e desafios colectivos e sociais.
As religiões vão do aguenta ou mata, num entorpecimento fatalista.
Os resultados hoje já são positivos? São apesar de uma oposição calcinada por séculos de mentiras e vícios, mas  mais grave ainda é os mundialmente venerados estandartes da UE, dos EU, da ONU, da NATO, do ISIS  das multinacionais dos multi - negócios terem  indiretamente de forma velada e capciosa  como denominador comum a veneração  pela moeda com que pesam os homens e os povos.

Assim os não ricos jamais terão direitos mas sim esmolas.