domingo, 28 de março de 2010

OS ORGASMOS DE CLARA


Nunca imaginara que os orgasmos da Clara fossem assim.

Ao ver, na semana passada, em Cascais, no Centro Cultural, a exposição dos seus orgasmos, em fotografia, fiquei sem ponta de raciocínio. Não precisava de mais nada. Desaparecera por encanto, o mistério de 20 anos.
Freud entenderia isto melhor que eu. Limito – me a verificar.
A Clara Pinto Correia, actriz, escritora, bióloga, investigadora, mulher bonita, de olhos escuros e sorriso sensual, teve tudo, tudo o que imaginara para uma mulher de excepção. Até agora.
Vi - a há dias, de manhã, de olho negro, nas Bombas da Repsol, na Aldeia de Juso, depois da exposição onde o seu, agora, também ex – marido, expôs a tal colecção dos seus orgasmos.
Basta ver um orgasmo de uma mulher, para um homem se interessar ou não por ela. Se ele é o responsável pelo dito acto fisiológico, tudo bem. Se apenas é um humilde espectador, tudo mal.
Recordo que Clara foi um dia atacada severamente por, segundo más – línguas, ter copiado “copy past” de textos que incluía, sem dar cavaco, nos seus trabalhos de investigadora científica. Tal, não me preocupou minimamente, pois estou como um amigo que diz que quando se copia de uma só pessoa é plágio, mas quando se copia de várias é investigação.
No decorrer da exposição vinha – me à imaginação a sessão fotográfica. ? O ex – marido, fotógrafo Pedro Palma, dir – lhe – ia de máquina em punho: “Vá, querida, preciso de mais dois orgasmos” e ela; pimba.
Ou ele, dava uma ajuda e então: “Espera aí, só um segundo, que tenho que ir buscar a máquina”? Ela pairava no ar o tempo necessário, para depois “orgasmar”, com toda a manifestação a preceito, isto é; contracções musculares dos músculos pélvicos, espasmos, vocalizações e até obrigatoriamente, redução temporária da função do córtex cerebral. Se assim não tivesse sido não seria o orgasmo da Clara investigadora, nem da escritora, mas poderia ser simplesmente da actriz.
São conjecturas razoáveis e justas para quem durante décadas fora seu profundo e incondicional admirador.
Chato, chato é, não saber.

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