Parabéns, fizemos anos e não disseste nada.
É verdade.
Sabes quanto mais festejamos mais perdemos futuro. Faço e pronto, está feito.
Eu também sou
assim, mas tu é que mandas.
Bem, repara, nós somos
íntimos. -Disse isto passando com a
mão suavemente como numa festa a um velho amigo.
Íntimos. Acho
que ultimamente até de mais.
Talvez
Antigamente, banhinho de imersão, ultimamente duche uma chapada de champô e depois a toalha
a secar.
Mas agora
começamos a conversar mais. E sabes porquê’?
Porque me
chateia conversar com gente que não me entende nem sabe ou quer entender.
Ou tu é que
não és fácil de entender.
É a
dificuldade que nos separa e sem obstáculos não vamos a lado nenhum.
Onde é queres
ir afinal?
Ir até encontrar
respostas a dúvidas existenciais e fundamentais.
Quais?
Porque
estamos aqui?. Porque não somos todos felizes, apesar de tantas doutrinas,
religiões e democracias.? Porque, dizem, sendo o homem um animal inteligente, o
mundo está a criar a todo o momento razões para ardermos numa grande e inextinguível
fogueira ?
Olha eu sou só o teu umbigo. Um amigo que
apesar de ser o centro de ti não passa disto, repara engordo a olhos vistos.
Olhei até com alguma dificuldade e atalhei para terminar – Olha ... faz flexões.
Ai sim? Diz ele zangado - e tu ... continua com as tuas ... reflexões.
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