sábado, 16 de novembro de 2013

OLÁ ARTUR.

O Artur Portela escreveu - me. Verdade é que eu lhe devia uma palavra. Fez uma inteligente palestra sobre o jornalismo e a literatura no lançamento do Pânico à Beira Mar na Casa da Imprensa e foi dos poucos colegas de profissão a mostrarem agrado pelo meu atrevimento. Independência? Elevação espírito? Não apenas. Camaradagem, mas também respeito pelo trabalho dos outros. Estarei eternamente grato a este impar homem dos jornais e das letras.
Pergunta .- me apos lamentar ter o seu telefone avariado, como vou.
Aqui está a resposta que quero arquivar neste Diário de Bordo.




Caro Artur OH! Yé!!!! Já tinha visto que o seu Tm pifara. Temos a net (por enquanto) Estava ansioso por falar consigo. Como um conquistador discreto de primeira apanha fui duas vezes, à mesma hora, ao cafezinho do Largo dos Passarinhos mas não o vi. Sei que não era tarde porque quem se estima sempre aparece. Obrigado Tenho lido os seus posts. Imperdoável, Portela disseca sobre cadáveres e vivos que deixam rastro e se pavoneiam nesta sociedade que distraídos construímos. Aprecio muito a sua prosa ou a sua acutilância a fugir ao bom senso oprimido. Pena é que não seja na hora do telejornal. Assim, é o barco contra a corrente. Mas que há - de chegar onde quer ir. Pena é que as metas cada hora que passa estejam mais próximas e o desejo de chegar é maior. Adivinho - o em si como em mim. Calafetamos a ansiedade nos blogues e similares. Para mim isto deve estar a originar uma patologia que ainda não vem na enciclopédia. Incomodativa com influência na respiração, locomoção, sono, impulsos nervosos e insuficiência cardíaca está a deixar - me. Sei que isto pode aumentar o fluxo lacrimal e então daqui à demência entre a classe erudita não tardará a ser diagnosticada senilidade. Feito ... se não me acalmo. Pânico - Estou francamente desiludido. A Chiado ainda não o fez chegar às livrarias. Já fui à Sic e à RTP 1 e Internacional mas quando me perguntam onde está à venda encolho os ombros ... só por encomenda. Encomenda sou eu... Mas o gozo que me (nos) dá como sabe é escrever. Somos os viciados como os miúdos por chupas - chupas. Entretêm - nos assim. Aproveitei a sua ideia de fazer uma "história" mais pequena do afogamento, o BOCA ABERTA. Escrevi 2/3 mesmo sem conseguir exactamente o que me sugeriu que é isolar - me de conjeturas, raciocínios paralelos ou deleites literários. Farei isso na revisão, porque não consigo ser geométrico e qb, como o Artur. Entretanto dei o texto que já tenho ao Henrique Gabriel pintor de quem gosto muito, ágil a interpretar as tonalidades do espírito e formas da alma, que já se pôs a rabiscar com entusiasmo. Logo que tenha a maqueta envia - la - ei a si para que faça o favor... A propósito, não o quero maçar, mas se no dia 30 (sábado) pelas 15 horas por ventura, sorte minha, e de quem lá andar for até ao SHOPPING CASCAIS - FNAC . quiser dar - me o prazer de o ver próximo do PÂNICO livra - me da decisão de eu fazer o Lançamento em solitário e sem paraquedas. Este lado da literatura é novo para mim e o mais doloroso. Do que se livrou o Camões... Fugi para o mar. Estou atracado em Olhão, na mais profunda solidão mas onde apesar de já qui ter morrido um dia o meu corpo e a minha alma ainda despertos, repousam juntos. Um abraço e obrigado por ter contactado. Luis

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