Voltei
hoje ao Aries.
Terei
de voltar a Lisboa no próximo de 30 para a apresentação na FNAC do Pânico à
Beira – Mar cuja distribuição me está a desanimar.
Não
esperava que um mês depois do lançamento ainda não houvesse livros nas
livrarias. Dizem que dentro em breve vão chegar. Entretanto só por encomenda. Na
rua muitas pessoas perguntam – me onde podem encontrar o livro. Não consigo
explicar. Coisas do mundo dos negócios…que não têm nada a ver comigo.
Façamos
uma breve conta corrente: entretanto fui ao programa da TVI - QUERIDA JÚLIA como aqui assinalei e uma semana depois fui à
RTP ao PORTUGAL NO CORAÇÃO com o Jorge
Gabriel e u a Joana Lopes que conheci nessa tarde. Prepararam – me algumas
surpresas (Cantei o tenho dois amores e mostraram um apanhado que me fizeram há
décadas quando eu fazia na Rádio Comercial o programa Manhã…manhã e me roubaram
o 2 CVs) Não esperava isto. Foi divertido e falamos muito do livro.
Mas
voltemos à Ria Formosa.
Vim
de autocarro toda a viagem a falar com uma senhora de Tavira ou que mora em
Tavira e se chama Corina. A viagem decorrer num relâmpago e gostei muito de a
conhecer. Reconheço que ando muito calado e afastado das pessoas.
Cheguei
a Olhão ao fim da tarde. Não tive coragem para ir almoçar ou jantar e então
entrei num pequeno supermercado para comprar bebidas, fruta e yogurtes porque
o frigorifico do barco estava vazio. Uma
velhota olhava – me por detrás da fruta, até que ganhou coragem e me perguntou:
- Já
lhe disseram que é muito parecido com um senhor da TV?
- Já
sim, mas ele tem cara de parvo. – Disse eu para a desafiar.
-
Não. Já o conheço há muitos anos. Não é nada parvo. Até diz coisas bonitas.
- Às
vezes. Eu não gosto dele.
- Eu
gosto. Ele é mais alto que o senhor e agora também usa barbas. Iguaizinhas.
Raio. Não é ele?
Afinal ainda tenho uma admiradora.
O
Aries a ordens do director Dr. Glória foi conduzido pelo meu amigo Sérgio, até
um outro lugar porque procedem a obras no Quebra – mar. Agora estou rodeado
de outras embarcações de todos os tipos. Está – se bem. Aqui abraço – me,
escuto – me e vivo dias que me escapam como areia pelos dedos das mãos, mas
longe da hipocrisia, da mentida e do tumulto do mundo lá fora.
Faço pausa momentânea no
Flaubert no Madame Bovary (1856) para pôr a escrita em dia. Estou decididamente
a regressar a uma outra época; século XIX. … escrevo
o libreto enquanto ela segue o enredo frase por frase e pensamentos imprecisos
lhe acodem e se dispersam num ápice com as rajadas da musica.
Aqui regresso ao blogue.
Aqui
debito o que recordarei mais tarde. Escrevo ao som do meu inseparável
Triplo Concerto de Beethovem em C maior opus 56 para violino, cello e piano.(1804)
É pela Sinfónica de Londres com Stern e o YoYo Ma .
Soberbo o diálogo entre os dois. Eles os
dois e eu, claro. Entre nós os três. E também quem mais queira, sem ódios, nem
preconceitos, apreciar o mais simples e mais profundo que há para ACONCHEGAR A
ALMA HUMANA.
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