O Artur Portela escreveu - me. Verdade é que eu lhe devia uma palavra. Fez uma inteligente palestra sobre o jornalismo e a literatura no lançamento do Pânico à Beira Mar na Casa da Imprensa e foi dos poucos colegas de profissão a mostrarem agrado pelo meu atrevimento. Independência? Elevação espírito? Não apenas. Camaradagem, mas também respeito pelo trabalho dos outros. Estarei eternamente grato a este impar homem dos jornais e das letras.
Pergunta .- me apos lamentar ter o seu telefone avariado, como vou.
Aqui está a resposta que quero arquivar neste Diário de Bordo.
Caro Artur
OH! Yé!!!!
Já tinha visto que o seu Tm pifara. Temos a net (por enquanto)
Estava ansioso por falar consigo. Como um conquistador discreto de primeira apanha fui duas vezes, à mesma hora, ao cafezinho do Largo dos Passarinhos mas não o vi. Sei que não era tarde porque quem se estima sempre aparece.
Obrigado
Tenho lido os seus posts. Imperdoável, Portela disseca sobre cadáveres e vivos que deixam rastro e se pavoneiam nesta sociedade que distraídos construímos. Aprecio muito a sua prosa ou a sua acutilância a fugir ao bom senso oprimido. Pena é que não seja na hora do telejornal. Assim, é o barco contra a corrente. Mas que há - de chegar onde quer ir. Pena é que as metas cada hora que passa estejam mais próximas e o desejo de chegar é maior. Adivinho - o em si como em mim. Calafetamos a ansiedade nos blogues e similares. Para mim isto deve estar a originar uma patologia que ainda não vem na enciclopédia. Incomodativa com influência na respiração, locomoção, sono, impulsos nervosos e insuficiência cardíaca está a deixar - me. Sei que isto pode aumentar o fluxo lacrimal e então daqui à demência entre a classe erudita não tardará a ser diagnosticada senilidade. Feito ... se não me acalmo.
Pânico - Estou francamente desiludido. A Chiado ainda não o fez chegar às livrarias. Já fui à Sic e à RTP 1 e Internacional mas quando me perguntam onde está à venda encolho os ombros ... só por encomenda. Encomenda sou eu...
Mas o gozo que me (nos) dá como sabe é escrever. Somos os viciados como os miúdos por chupas - chupas. Entretêm - nos assim.
Aproveitei a sua ideia de fazer uma "história" mais pequena do afogamento, o BOCA ABERTA.
Escrevi 2/3 mesmo sem conseguir exactamente o que me sugeriu que é isolar - me de conjeturas, raciocínios paralelos ou deleites literários. Farei isso na revisão, porque não consigo ser geométrico e qb, como o Artur. Entretanto dei o texto que já tenho ao Henrique Gabriel pintor de quem gosto muito, ágil a interpretar as tonalidades do espírito e formas da alma, que já se pôs a rabiscar com entusiasmo. Logo que tenha a maqueta envia - la - ei a si para que faça o favor...
A propósito, não o quero maçar, mas se no dia 30 (sábado) pelas 15 horas por ventura, sorte minha, e de quem lá andar for até ao SHOPPING CASCAIS - FNAC . quiser dar - me o prazer de o ver próximo do PÂNICO livra - me da decisão de eu fazer o Lançamento em solitário e sem paraquedas.
Este lado da literatura é novo para mim e o mais doloroso. Do que se livrou o Camões...
Fugi para o mar. Estou atracado em Olhão, na mais profunda solidão mas onde apesar de já qui ter morrido um dia o meu corpo e a minha alma ainda despertos, repousam juntos.
Um abraço e obrigado por ter contactado.
Luis
é um desabafo, uma dor de alma, um grito vertido assim, a medo, mas com uma vontade enorme de mudar o mundo, ou apenas mudar o autor.
sábado, 16 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
PÂNICO + PÂNICO - QUE COMUNICAÇÃO?
O livro foi lançado no passado dia 18,
portanto há 21 dias.
Creio que já aqui referi que a
Comunicação Social não compareceu, na Casa da Imprensa, excepto o Jorge Trabulo
Marques para o seu Odisseias dos Mares um site na Net onde ele navega sobre
temas náuticos (e não só). Fez um bom trabalho e aqui lho agradeço.
Também agradeço aos que estiveram presentes sabedores que ali não estava um candidato a Prémio Nobel nem tão pouco a um cargo público ou sem ser público. E ainda agradeço a Artur Portela personalidade de obra feita e palavra segura. Jornalista e escritor atento, acutilante e sabedor.
A ausência de 99.99% da comunicação convocada
mostra bem como não é fácil aceitar as verdades. São minhas é certo essas verdades
mas até por isso penso, mereceriam um pouco de atenção. Posso não ser pesonna grata, mas durante mais de 4
décadas calcorreei os caminhos sinuosos, perigosos e às vezes escuros da
informação no nosso país. Ignorarem isso, ignoram o respeito que o público e a
nossa profissão lhes deveriam merecer.
Um homem que passou a vida a falar e
quando, enfim, acha que pode dizer uma palavra válida, apagam as luzes, fecham
microfones e fazem orelhas moucas. É esta a nossa comunicação.
Estou triste.
Mas nem tudo é mau. Fui na passada 6ª
feira à QUERIDA JÚLIA, programa da SIC. Não duvido da simpatia das equipas e da
Júlia Pinheiro que me acarinharam, mostraram interesse pelo meu trabalho e pelo
livro. Foi interessante, útil e digna a entrevista e o nosso contributo.
Amanhã vou ao PORTUGAL NO CORAÇÃO na RTP, com o Jorge Gabriel e
salvo erro com Marta Leite de Castro. Vou
com cautela. Não quero falar da Comunicação. Terei de me calar. Não quero que
me odeiem mais.
A Chiado não perdoaria.
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