PINGOS NEM
SEMPRE DOCES
Uma
pausa, na outra escrita, para vir aqui
debitar pequenas coisas que vão enchendo o saco da alma como o lixo que se
debita no saco de plástico do supermercado e, sempre que vou a terra, lanço ao
caixote.
Não menospreso, quem ler isto, se houver quem leia claro está. Reconheço que devemos
estar fartos de literatices.
Estes
pingos, nem sempre doces, afinal, são um breve testemunho de quem lançou ferro
numa das cidades do litoral, mais próximas da
espiritualidade dos nossos antepassados. Talvez, para fugir às modernices
tacanhas dos média que se esforçam por parecer evoluídos e actuais, não sabendo
eles, que a vaidade bateu no fundo pela sua vacuidade e redundância e que hoje
nasce uma outra forma de encarar a vida. E esta, será a que vai vingar, como a
semente da figueira que se ergue num muro, ou entre penhascos. E dará figos que
alguém comerá, bem dizendo a terra e o repetido milagre da vida.
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