domingo, 27 de maio de 2012

ESTAMOS NA MISÉRIA




Toda a gente a pedir. Nunca tal foi visto no nosso país. Esta é a realidade que nos envergonha.

Quase um milhão sem trabalho. Gente para a rua por já não ter casa. Famílias desesperadas.

Já não há classe média. Há a rica e a pobre.

É triste ver as campanhas que o poder promove ao fazer apelo ao que chamam solidariedade, à mendigância, ao salve – se quem poder. Aumenta a violência. Rouba – se na banca, no cobre dos fios eléctricos, nas batatas da horta , tudo vale para meter ao bolso.

O Banco Alimentar, ou seja, as campanhas cada vez mais, frequentes às portas dos supermercados, para socorrer os mais carecidos de nós, é verdadeiramente aviltante.

Nesta fase, quando um povo tem que mendigar para viver, só podemos concluir que se deve à incapacidade dos seus governantes.

Serem incapazes de proporcionar aos cidadãos o mínimo para viver, com dignidade é a prova de que nada estão a fazer a não ser encaminhar a pouca riqueza, que nos resta, para o bolso dos seus patrões. A economia manda na politica e não o inverso.

A população, pobre e não esclarecida, ainda dá de si própria. Condoída, como num acto nobre, dá  esmola : “Hoje sou eu, amanhâ poderei ser eu a precisar. Não posso ver ninguém com fome. Temos que nos ajudar uns aos outros.”

E ignora que quem poderia dar efectivamente, não dá nada, nem o que tem em excesso.

É intolerável.

Dar esmola avilta quem recebe e envergonha quem dá.

O que é preciso é outra política, outros líderes.

Estes não sabem em que país vivem.  Se sabem, não respeitam os cidadãos que neles votaram. É uma mentira, um logro que urge corrigir e se possível, castigar.

Mas tudo continuará enquanto não houver órgãos de comunicação livres do controlo económico e financeiro. 

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