Toda a gente
a pedir. Nunca tal foi visto no nosso país. Esta é a realidade que nos
envergonha.
Quase um
milhão sem trabalho. Gente para a rua por já não ter casa. Famílias
desesperadas.
Já não há
classe média. Há a rica e a pobre.
É triste ver
as campanhas que o poder promove ao fazer apelo ao que chamam solidariedade, à
mendigância, ao salve – se quem poder. Aumenta a violência. Rouba – se na
banca, no cobre dos fios eléctricos, nas batatas da horta , tudo vale para
meter ao bolso.
O Banco
Alimentar, ou seja, as campanhas cada vez mais, frequentes às portas dos
supermercados, para socorrer os mais carecidos de nós, é verdadeiramente
aviltante.
Nesta fase,
quando um povo tem que mendigar para viver, só podemos concluir que se deve à
incapacidade dos seus governantes.
Serem
incapazes de proporcionar aos cidadãos o mínimo para viver, com dignidade é a
prova de que nada estão a fazer a não ser encaminhar a pouca riqueza, que nos
resta, para o bolso dos seus patrões. A economia manda na politica e não o
inverso.
A população,
pobre e não esclarecida, ainda dá de si própria. Condoída, como num acto nobre,
dá esmola : “Hoje sou eu, amanhâ poderei
ser eu a precisar. Não posso ver ninguém com fome. Temos que nos ajudar uns aos
outros.”
E ignora que
quem poderia dar efectivamente, não dá nada, nem o que tem em excesso.
É
intolerável.
Dar esmola
avilta quem recebe e envergonha quem dá.
O que é
preciso é outra política, outros líderes.
Estes não
sabem em que país vivem. Se sabem, não
respeitam os cidadãos que neles votaram. É uma mentira, um logro que urge
corrigir e se possível, castigar.
Mas tudo
continuará enquanto não houver órgãos de comunicação livres do controlo
económico e financeiro.
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