+VERMELHA
20190303
Não sei como interpretar isto, mas
não resisto mesmo que me chamem, e vão chamar “machista”. Acabei de receber de um amigo uma sucessão de fotos de
automóveis antigos, daqueles que hoje raramente se vêm e quando se descobrem
derretemos – nos em recordações. Ele eram o Renault “Joaninha”, os Citroen 2 CVs, e a linda Arrastadeira, o
Diane, os Fiat 500 e o 600 Topolinos, o Renault Gordini e o Volvo Marreco, e o
DS 21 todo dinâmico e o NSU TT e, isto
para já não falar no Isetta, esse que abria a porta pela frente. Lembram – se? Tão engraçadinhos...
Enfim, automóveis que, desde miúdo,
me habituei a ver com a curiosidade surpreendente da descoberta de uma linha,
um estilo, um andamento, uma cor, um ruído, uma obra digna, original e
merecedora de carinho, de um sorriso e hoje de alguma saudade porque estou
indeciso entre um elétrico ou uma trottinette.
Pois é, não resisto até, de comparar
esse encantamento à sucessão de, por exemplo, de miúdas, como, qualquer homem
do meu século poderá faze – lo.
Relembrar-nos com quem demos uma voltinha e guardamos depois, num
cantinho discreto da memória.
E agora pergunto: e elas não terão
também saudades destes carros e de outros, até de motas lindas?
Só que, curiosamente, com todo o respeito; a
única diferença que me parece entre elas e eles é que eles, os carros antigos
que me viram nascer, também têm saudades minhas
Sem comentários:
Enviar um comentário