No último almoço de Verão, numa esplanada junto ao
mar, próximo de nós estava um casal, provavelmente os avós de um menino, aí com
um ano, que os acompanhava. Os velhotes devoravam as sardinhas enquanto o bebé numa
cadeira própria, entre os dois, com um ipad à sua frente parecia distante, alheio a tudo e a todos.
Sem tirar os olhos do “aparelhómetro” o bebé ria,
ficava com ar apreensivo, tocava com o dedo no teclado e parava com ar
enigmático, depois voltava a rir feliz
ou ficava como que a meditar intrigado para logo voltar a entusiasmar – se.
Os avós tranquilos nem o olhavam. Terminaram a
sardinhada, a sobremesa e o café. Tranquilamente pagaram, levantaram – se, encerraram a distração do neto, enfiaram – lhe a chucha na boca, levantaram –
no da cadeira e colocaram - no carrinho.
Lembrei – me do meu Tiago com a mesma idade que àquela
hora deveria estar no infantário para onde entrara recentemente. Enviei um WhatsApp ao pai para saber do
menino.
A resposta veio imediata: “Fui chamado à diretora. O Ti fez bullying a um colega gordinho. Deu –
lhe uma dentada. “
Eu peremptório ordenei:” Compra – lhe um PC, um ipad ou um ifone antes que comecem a aponta –
lo como um perigoso psíco – pata”.
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