quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Compra - lhe um ipad

No último almoço de Verão, numa esplanada junto ao mar, próximo de nós estava um casal, provavelmente os avós de um menino, aí com um ano, que os acompanhava. Os velhotes devoravam as sardinhas enquanto o bebé numa

cadeira própria, entre os dois, com um ipad à sua frente parecia distante, alheio a tudo e a todos.


Sem tirar os olhos do “aparelhómetro” o bebé ria, ficava com ar apreensivo, tocava com o dedo no teclado e parava com ar enigmático, depois voltava a rir  feliz ou ficava como que a meditar intrigado para logo voltar a entusiasmar – se.
Os avós tranquilos nem o olhavam. Terminaram a sardinhada, a sobremesa e o café. Tranquilamente pagaram, levantaram – se, encerraram a distração do neto, enfiaram – lhe a chucha na boca, levantaram – no da cadeira e  colocaram - no carrinho.
Lembrei – me do meu Tiago com a mesma idade que àquela hora deveria estar no infantário para onde entrara recentemente. Enviei um WhatsApp ao pai para saber do menino.
A resposta veio imediata: “Fui chamado à diretora. O Ti fez bullying a um colega gordinho. Deu – lhe uma dentada. “
Eu peremptório ordenei:” Compra – lhe um PC, um ipad ou um ifone antes que comecem a aponta – lo como um perigoso psíco – pata”.


sábado, 10 de setembro de 2016

FELICIDADE 2

No anterior  vimos  que há pessoas que se sentem felizes pelas razões mais simples e inesperadas; que gostam do trabalho que fazem com entusiasmo, que amam a pessoa com quem vivem, porque têm netos maravilhosos etc .

Ora se perguntarmos aos que se dizem infelizes já sabemos que as respostas são necessariamente o contraponto.
Concluímos então que não será difícil encontrar a felicidade para milhões de pessoas , bastando manter as condições favoráveis a tais pretensões, pois a vida se encarrega de fazer o resto.
Eis portanto as nossas conclusões: Para se ser  feliz basta ; 1º  viver no local onde  se nasceu, 2º trabalhar na profissão que naturalmente se escolheu, 3º - ligar – se à mulher ou ao homem que conhece bem e se recomendam.
A primeira premissa é determinante porque viver onde se nasce conduz a uma qualidade de vida superior, mais sustentável e digo bem; acompanhável. O ambiente familiar é protetor e o das famílias locais; lugar, aldeia, vila ou bairro, é uma defesa à marginalização e ao desvio quantas vezes evitável.
A escolha dos estudos e trabalho é assim muitas vezes seguir as pisadas familiares que resultaram em sucesso. Trabalhar no que se gosta e se faz bem é melhor compensado.
Por último, constituir nova família com quem se conhece e também as famílias recomendam é garantia de felicidade.
A ausência destas condições, é a emigração.
Porr isto é que a emigração é sempre desumana e violenta.
Como Portugal observa e sente na alma, a emigração é uma consequência triste que leva os seus filhos a ambientes estranhos onde dificilmente serão felizes, longe dos seus, das suas tradições, linguagem e hábitos.
Veja – se o que a emigração, indirecta mas de facto, fomentadora do crescente terrorismo, fez e faz por este mundo fora.

Há exceções, pois há, mas são exceções.