A idade avançada é vista em algumas sociedades como um valor
acrescentado, isto é; para além de ter vivido o que a maioria viveu ainda tem
mais a aprender e sobretudo a ensinar. Por isso é respeitada e estimada.
Mas infelizmente a sociedade ou a cultura que nos diz
respeito, aqui à beira mar plantada, é o resultado de uma formatação especialmente
vocacionada para o consumo. Assim, aqui não se aplaude o idoso que vive da pequena reforma cada vez
mais minguada e discutida. Antes pelo contrário, ele é visto como elemento dessa
“peste grisalha”, incomoda, fora de prazo e por isso até dispensável.
Não vai longe quem assim pensa. Não tardará a espetar - se contra o muro da estupidez, da incultura
e da hipocrisia que construiu.
Desses políticos ou pseudo – políticos que assim pensam e
bem conhecemos, feitos à pressa, não rezará a história. Pena é que ela os
absolva e lhes tenha proporcionado condições para depois de se aboletarem com o
que a todos pertence ou devia pertencer continuarem intocáveis e eles sim a
provocarem o vómito.
Mas apesar desta espécie até há pouco dominante os atuais
múltiplos poderes e pensares tanto entre portas como fora delas serão por moto
próprio ou forçados, a reconhecer que o saber está na experiência e não há
melhor mestra que a própria vida.
Ela ensinou – nos que “nunca é tarde” e que a melhor moeda,
mais valiosa que o ouro é o tempo, não o tempo que esbanjamos, mas aquele em
que sentimos que valemos algo e que ainda teremos uma palavra a dizer. Os
outros que estejam atentos.
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