(nota: escrevia esta reflexão no exacto momento em que ao mundo foi divulgada a primeira conclusão PANAMA PAPERS)
A estupidez não tem pátria nem limites, mas parece ter
vindo com o homem para ficar e se reproduzir, como a mais tenebrosa das
epidemias.
A exaustiva repetição de ideias milenares embrulhadas
em provérbios que se desfazem em nada, numa vã tentativa de construir um homem
novo e feliz, é chover no molhado e adiar soluções.
São estas as promessas de políticos, intelectuais, papas
e budas mensageiros de religiões entorpecentes, estudiosos que em todos os
países repetem os erros responsáveis por uma atualidade macabra e cruel.
Escusado será enunciar aqui as barbaridades que nos
gritam em telejornais a todo o momento.
Mas pergunta – se;
o homem já vai à lua e não põe termo às barbáries na Terra? Os
responsáveis reproduzem o que os romanos, os gregos, os nazis, os conservadores, liberais, comunistas e
socialistas e os pseudo - democratas têm feito multiplicando a dose que nada
altera ou promove. Repetem o que outros iluminados disseram de braços no ar sobre
um jumento há milhares de anos.
Algo está tragicamente errado. E o que é?
É não admitir que o ser humano que cresce
exponencialmente em numero, cresce geometricamente em capacidades técnicas, em
saberes e em desafios novos, transformando – se a olhos vistos. Que tudo está a
mudar excepto a linguagem de quem manda no mundo.
As crianças nascem com um computador nas mãos, cientistas
penetram nos cérebros, e preparam – se para aí
depositarem pensamentos e vontades. As lâmpadas hoje são de ledes, a
morte é adiada e a vida manchada pela inércia e inépcia, que apenas promove a
cegueira em que todos mergulhamos para benefício de uns quantos que julgam
pisar o paraíso mas é apenas o viveiro onde manipulam estratégias e processos
de multiplicar milhões.
Os líderes americanos, russos, asiáticos, europeus ou
árabes nasceram a plantar as convencionais promessas e não passam dessa
linguagem decrépita que leva o cidadão à urna e não passa daí.
A única nota positiva é que apesar de tudo, tudo está
a mudar, excepto eles. Eles em grande maioria revelam – se ora incompetentes
ora corruptos. As sociedades já não mudam só de 500 em 500 anos, não agora é de
5 em 5. Está a crescer uma nova opinião, uma nova cultura que admite estar a
chegar o tal homem novo que tudo há – de mudar. Esse homem novo é o que alia à
inteligência e saber a vontade prioritária e inadiável de acabar com as
calamidades ditadas pela vaidade, pelo lucro e pelo domínio de uns sobre os
outros.
Mas para que
não seja mais tarde ainda, é preciso que
comunicação social esteja ao serviço das
populações e não esta ao serviço exclusivo dos patrões. Comecemos por aí.
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