Pergunto – me resistindo à
tentação de vociferar contra o ato terrorista, no HEBDO, que meio
mundo condenou com gritos e lágrimas.
Vou por – me no lugar do
caricaturista.
A minha vida é desenhar.
Curto ao máximo.
Sinto – me superior, ocidental
e civilizado, intocável, meio filósofo sobre um púlpito de onde vejo o mundo e
me vêm a mim.
Se abusar tenho uma
Constituição que me defende.
Vou por – me agora no lugar
do dito terrorista.
Sou um desgraçado, filho de
emigrantes a viver nas franjas de um jardim que jamais me pertencerá.
É na religião que encontro a
resposta às minhas aspirações e ao meu futuro.
Sonho ser um herói, se possível
um mártir (não são célebres e celebrados todos os mártires?).
Se abusar tenho o Corão que me
protege.
e
SE quisermos ser honestos
reconhecemos que a liberdade e particularmente a religiosa que é reconhecida e
defendida por uns é desafio para outros,
tudo dependendo da cultura e até do nível económico – social.
Sempre assim foi desde 570
quando nasceu Maomé o ultimo mensageiro de Deus, depois de Adão, Abraão, Moisés
e Cristo e que 40 anos depois em Meca
deu a conhecer o Corão que sustenta a fundação do Islão.
A
história do homem está tingida de sangue de uns e outros para imporem a palavra
do seu Deus. Deuses que ao que parece
pouco trouxeram de felicidade terrena, mas apenas de promessas para pós –
morte.
Interessante
é também a constatação de que a emigração que líderes políticos proclama
igualmente como um direito do ser humano é o fermento que tem levado primeiro,
obrigatoriamente à (escravatura) depois como aparente ação voluntária às mais profundas misérias e aos criticados e
frequentes atos de terrorismo.
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