quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

DEUS DEVIA VOTAR

NOTA PRÉVIA
O texto que se segue foi escrito em 2008, portanto há 6 anos.. Alguém o leu e num desabafo afirmou : parece que és bruxo.
QUEM DEVIA VOTAR ERA DEUS
Desculpe, mas os amigos têm que ser sinceros.
Sente – se, caro leitor. Sente – se, porque vou dizer - lhe algo que  o vai assustar.
Não é só o dedo mindinho do pé esquerdo que me dói. É também uma daquelas sensações que me têm perseguido ao longo da vida e que, como aqui já pôde ter observado, se vão confirmando.
Não quero rivalizar com Sócrates e muito menos com a Maya, mas isto de prever, está – se mesmo a ver.
O futuro a Deus pertence, diz – se. E o passado não? Ora assim, também eu queria ser Deus.
Deus deveria votar. Ele é que, em principio sabe quem são os melhores. Mas na verdade  ele parece estar – se nas tintas
Tem permitido crimes sancionados por governos criminosos que mantêm a exploração de africanos, asiáticos e até portugueses. (vá a Espanha e verá portugueses a entrarem pelo Norte e africanos pelo Sul)
Qualquer Deus que se preze, deve chatear – se com isto.
Deus apoiou até agora, todo o Paraíso, onde, até a sua Igreja tinha conta aberta.
A alta finança, afinal, era a maior vigarice de todos os tempos. Serviu não só para extorquir da vida do cidadão incauto, como para manter legiões de pessoas á fome, na China, na Índia e claro, em nações árabes e africanas, onde morrem  dezenas de milhares de seres humanos por hora.
Com esta coisa da democracia, votamos, votamos e depois aguentamos tudo o que nos põem em cima. Agora, apanhamos com uma crise que dizem  não  ser nossa, mas claro que também é.
Não fomos nós que avalizamos o sistema em que estávamos ou estamos submersos?
Não votamos também nuns senhores que andaram nas TVs, afadigados  a dizer que o Estado não tinha nada que fiscalizar os privados, etc, etc? Senhores que ainda lá andam, mas ninguém já acredita neles. São até ridículos. Deviam ter vergonha e ficar em casa a contar enquanto podem, o que amealharam com as sua aldrabices.
 Não fomos nós que aceitamos todas as aventuras que aventureiros especuladores nos impingiram? Não somos nós, ou, com o nosso sacrifício, que numa derradeira estratégia, agora, vamos avalizar os Bancos que muitas vezes nos exigiram couro e cabelo?
A tal crise ainda não chegou. As verdadeiras broncas estão para vir; convulsão de toda a ordem, desvalorização do dólar, ou mesmo a criação de uma nova moeda por causa das dúvidas e depois, também a queda de todas as outras moedas, corrida ao ouro e á prata, os exércitos servirão para acalmar os cidadãos de cada país. A América vai ficar do avesso. Os chineses, a contarem os triliões de dólares, com que queriam comprar o império de Bush. A Europa a levar por tabela. Os árabes, magnatas, donos do petróleo,  a lamber areia, bem podem fazer do Dubai, um arraial de S. António, porque nem Maomé os safa. Todos, irão pedir contas uns aos outros e aniquilar – se como chacais esfomeados, sim porque a fome de dinheiro ainda é pior que a outra.
Ninguém me convence que esta crise, não é a maior manobra de todos os tempos para que a colossal força que tem dominado o mundo, e parece não ter rosto, o domine de uma vez por todas. A ciência, a técnica e a falta de escrúpulos, têm sido usadas habilmente sobretudo, nas últimas décadas. O dinheiro, foi passado avassaladoramente, como a droga. O mundo, estava a ser drogado a todo o instante.
É  que, hoje, tal como há milénios, ninguém é livre. Somos escravos, mas convencidos que não somos, o que ainda é pior. Quem pode dizer que é dono da sua casa, do seu carro, da cabeça do seu filho, ou do seu futuro? Mesmo os que tudo têm, estão nas mãos de uma sociedade doente e sinuosa, que, pela falta do vil dinheiro, treme que nem um pinheiro no Guincho em dia de nortada.
 Ainda está sentado? Então mande vir uma cervejinha. OK? Uma só, por causa do colesterol, ou da hipertensão. 
Fique bem e tenha calma. Resta - nos sempre a esperança que, tal como se diz “ Ele, escreve direito, por linhas tortas”.




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