quarta-feira, 14 de março de 2012

china e portugal oioioioi




A China é um país comunista com mais de mil milhões de habitantes, que continua apregoar os méritos da sua Revolução de Mao. Portugal tem 12 milhões e apregoar a sua Revolução dos Cravos.
Porque é que a China, apesar de ser comunista se tornou, mesmo não acreditando, capitalista?
Vejamos: há pouco mais de 10 anos, os 50 mil dirigentes - representantes do P. Comunista Chinês, vendo que o país não atava nem desatava, resolveram esvaziar o Estado e privatizar as máquinas industrial, comercial e agrícola.
Como era um país de partido único, foi simples. Deram aos membros do partido que estavam à frente da unidades, o direito de passarem a ser proprietários das mesmas, sem despenderem um tostão e, a tornarem – se patrões de dezenas de milhões de empregados que até, aí seriam “funcionários públicos”. Umas empresas faliram, mas a maioria, graças às condições excepcionais, tornaram os seus proprietários e membros do partido a classe rica e ostentativa, a classe dominante. Os operários, esses aguentam, baixíssimos salários, a inclusão de trabalho infantil nas fábricas e campos agrícolas e “bico calado”, porque, segundo os lideres, “ direitos humanos só quando tudo estiver estabilizado. Agora, são precisos sacrifícios a bem de todos e sobretudo, da China”. E assim, um país que se assina Republica e “Comunista” torna – se, num golpe de mestre, no pais mais capitalista que é possível imaginar, a crescer em poderia militar e em ostentação, e investindo seja onde for, desde Africa, Europa e América muito especialmente em países emergentes e ditaduras recomendáveis, como Angola.
Ora, em Portugal, mais ou menos no mesmo tempo, a manobra tem semelhanças.
Vence as eleições “democraticamente” entre aspas, um partido que é declaradamente liberal, pró - iniciativa privada, pró – capitalismo , pró – privatização, pró – liberdade de entrada e saída de capitais, etc, e uma missão clara de esvaziar o Estado, na continuidade do que o anterior vencedor, dito “Socialista” mais tímido, anunciava.
Hoje, o poder político e o capital, estão nas mãos dos políticos que saem e entram no partido, conforme as conveniências. Entram para as grandes empresas para as armadilharem para as privatizações de que eles fazem parte e são por isso escandalosamente, compensados. Formam – se centenas de PPP onde encaixam os militantes partidários. Ocupam lugares estratégicos nos jornais, tvs, rádios e autarquias. Enquanto isto a população, embalada por uma comunicação social hábil e manipulável, sem entender a esparrela em que caiu, interroga - se como, tal como o chinesinho, muda de patrão e faz cada vez mais sacrifício, até comprometer o seu futuro e o dos filhos e netos, para “salvar Portugal”.
Curiosamente, os comunistas chineses que estrategicamente, sempre, antes e agora, foram e são vistos como uma ameaça à tal “democracia” que os portugueses defendem até à ultima gota, negoceiam e investem em países capitalistas, como Portugal onde a população, tem agora, alegremente, como principais patrões (EDP – EN- etc ) o próprio Partido Comunista Chines.
Isto acontece porque os dois processos têm muitas semelhanças, mas o futuro de uns e outros não será exactamente o que esperam, já que negócio sem moral e vida sem princípios, leva sempre a maus resultados.

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