terça-feira, 20 de junho de 2017

AFINAL NÃO HÁ GUERRA




Apesar de tudo acreditamos que uma 3ª guerra mundial estará fora dos prognósticos, pelo menos tão cedo.
É que parece irracional a ideia de ver americanos e chineses e muito menos alemães entrarem pelo país a dentro aos tiros e a exigirem a nossa rendição.
Tiros já não se usam, foram substituídos por “ações”
financeiras e a verdade é que rendidos já nós estamos.
Se não veja – se; para que é que as guerras se fazem e para que? Para dominar o território a ocupar que deverá ter um valor geológico, comercial ou estratégico. Ora Portugal tem tudo isso, mas se repararmos, já está ocupado. Sim ocupa quem manda. Aqui a eletricidade é dos chineses, do Partido Comunista Chinês, e se eles se chateiam deixam – nos às escuras de um dia para o outro, os combustíveis de angolanos que nos poem a andar a pé logo que queiram, a nossa aviação comercial agora é de brasileiros enquanto os aeroportos são de franceses, a banca é toda dos espanhóis. Espanhóis, mexicanos e franceses detêm Metros, Carris e Transportes colectivos de Lisboa e Porto.
A onda de privatização de Hospitais abre portas aos chineses e muitos negócios paralelos multiplicam – se desde a discreta aldeia até ao Terreiro do Paço. E até as Comunicações, jornais, tvs e rádios são dominados por capitais, brasileiros, angolanos, espanhóis e franceses, que conforme os interesses e esquemas sinuosos formam deformam e transformam a comunicação e a informação  do cidadão português.
Quem diria que sem darmos por isso de repente acordávamos vendidos, vendidos, explorados e condenados por outros países, aquém devemos obediência. Sim, países porque os capitais com que nos compraram são acima de tudo de quem domina, dos exploradores que em muitos casos são ou têm apoios diretos dos respectivos estados, capitais que chegam a ser capitais oficiais, nacionais.
Isto nunca nos passou pela cabeça ao longo de 900 anos de história, mas hábil e sorrateiramente nos últimos 40 anos os negócios foram – se fazendo secre – tamentena maioria das vezes, enquanto nós, empobrecendo claramente.
O que há a fazer agora que fomos vendidos, ou melhor, comprados?
Pelo menos e para já agora, antes de ficarmos às escuras, abrir os olhos que é o que António Costa, iluminado, teve que fazer ao ter que ouvir o Bloco o PC..
Honra lhes seja feita a bem do futuro deste povo distraído e apesar de tudo, sempre em festa.
  


COM BRINCOS NÃO SE BRINCA





-Alô avô. Quero perguntar – te : achas que já posso furar as orelhas?
-O quê? Furar as orelhas?
-Sim, já fiz 7 anos. É para pôr uns brincos pequeninos.
A mim que até agora só tive filhos homens, de repente, aparece-me uma menina com uma pergunta destas. Imaginei logo a minha querida neta cheia de brincos e piercings nas orelhas, no nariz nas sobrancelhas, no umbigo, nos calcanhares, com tatuagens nas mãos, nos braços, no pescoço, nas pernas e no umbigo... Sustive a respiração e respondi – É preciso perguntar primeiro aos pais.
- Não. Eles querem agora uma opinião tua. Foram eles que disseram.
De imediato reconheci que em matérias melindrosas ninguém está apto a tomar iniciativas sem se debruçar conscientemente sobre a matéria; perturbou – me como se fora um Presidente de um país cujo destino estava nas suas mãos, um apresentador de telejornal a quem se encrava o teleponto, a um padre aquém num dia santo faltam as hóstias, a um general que em plena batalha perde o norte.
- Vou pensar no assunto – Respondi à pequena que não desarma à primeira.
Levantei – me de madrugada e fui ao Google. Ensinava a furar orelhas, a decora – las a desinflamar em caso de não sarar logo, etc.
Aguardei que fosse a hora e telefonei a um velho amigo, culto, sábio e sensato que têm duas filhas já mulheres. Perguntei – lhe e ele – Ora esta!!! Não sei se elas alguma vez usaram brincos. Vou perguntar à mãe. Momentos depois – Estou , olhe , uma furou as orelhas e a outra não.
Eu que saio à miúda não desisti – Bem, qual das duas é mais feliz?
- Vou perguntar à mãe. Nova pausa- Olhe concluímos que são ambas felizes. Cada uma à sua maneira.