Quando
se chega à terceira idade costumamos pensar que é o crepúsculo da existência. Poderá
ser ou não, mas uma coisa é certa; é o início de uma nova etapa.
É a
altura de aquecer o que foram músculos, de medir as pulsações, o colesterol, a
tensão e os outros níveis todos que a
ciência médica recomenda e as farmácias e laboratórios cobram. Depois é fazermos
– nos ao caminho. Uns vão devagar outros aceleram quanto podem. Uns riem por
tudo e por nada e outros choram pelo mesmo. Uns apaixonam – se como não é uso
nem a sociedade tolera, outros desapaixonam – se. Uns abanam a cabeça, outros
dão murros nela.
Em
conclusão; porque é que o homem a partir de certa idade, salvo raras exceções, não
merece o que sempre mereceu; respeito e carinho?
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Apenas
porque deixou de produzir, de ser rentável. Já não pode ser explorado, nem
transformado em pau para toda a obra. A
verdade é que a maioria dos mais velhos já morreu e nem sabe disso.
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