Encontrei
por acaso um amigo que muito tenho admirado ao longo da vida; intelectual,
literato, analista político e pessoa de bom senso, figura grada e respeitada
nos vários meios mas, perdoem – me, cujo nome oculto porque o diálogo foi
secreto.
Diz-
me ele quase em segredo - Vai ver que
têm que morrer muitos mais. Somos 7 mil milhões, temos que deixar morrer pelo
menos 3 mil milhões para que a proporcionalidade humana se normalize.
- 3
mil milhões?
-
Sim e as guerras e os desastres e a fome
nos imigrantes pelo mundo fora é o acto de defesa do próprio homem, na
defesa da espécie porque não há alimentos para tanta gente.
- O
quê ? Vamos matá – los?
-
Não – diz ele com ar de ofendido -
deixamos – los morrer simplesmente.
Engoli
em seco e virei – me para cumprimentar outros amigos, parecendo vindos do céu,
desses que não gostam destas conversas.