é um desabafo, uma dor de alma, um grito vertido assim, a medo, mas com uma vontade enorme de mudar o mundo, ou apenas mudar o autor.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
ATÉ QUANDO???
Escrever para si próprio é falar para o espelho.
São cada vez mais os portugueses que não conseguem publicar o que escrevem.
Assim, escrever será um acto narcísico? Talvez não.
É sim um acto de desespero e de alarme.
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Qualquer cidadão português consciente, tem a noção exacta que está a ser ultrapassado por uma máquina avassaladora que desenvolve um conto do vigário com dimensão nacional. O homem comum sente - se, cada dia que passa, mais impotente, ante o cerco hábil que lhe teceram.
Não queria eu cair na linguagem corrente em que se diz que o que hoje se faz em Portugal é criminoso, uma nojeira, uma traição, uma estratégia de gente (políticos e investidores) sem escrúpulos, nem dignidade, etc, mas, honestamente, não poderei andar longe desta convicção.
Temos vindo a observar impávidos, a estratégia que a finança internacional ou seja, os investidores desse estranho mercado, sem rosto, que a todos domina e corrompe, através dos seus mandatários na política nacional, pondo em prática, uma estratégia que esvazia por completo a bolsa dos pobres e transforma em pobres os que até aqui viviam na mediania.
De forma trágica e até ridícula o sr Passos Coelho diz com o dedo em riste que os portugueses viviam acima das suas possibilidades, mas esconde que o país que governa é na EU aquele que tem mais desnível entre ridos e pobres. Essa verdade que tudo explica é ignorada por um político que se limita agora a pagar, diz, o que devemos. Mas devemos quem?
A milhões de cidadãos não foi dado nada mais do que foi estabelecido e acordado, como fruto de décadas de trabalho. Se entregaram dinheiros vindos do exterior ele foi para bancos e empresários que não deixaram AINDA, de viver á tripa forra com a bênção de Paços Coelho.
A população até aceitaria o desafio se quem apela ao seu esforço desse mostras de honestidade ou boas intensões, mas, tal não acontece; o 1º ministro desdiz em absoluto o que, antes das eleições que lhe deram a vitória, jurou, nunca fazer; não aumentar impostos, não vender o património, não beneficiar clientelas etc. O que vemos é exactamente o contrário: os impostos asfixiam, a venda do património é o seu grande negócio, as clientelas estão bem definidas e defendidas.
Acaba de nomear António Borges para dirigir a Comissão que vai vender, em saldo, o que resta deste país que herdamos do Afonso Henriques e do Salazar. Esta figura mandatária do FMI, afia os dentes aos maiores negócios, jamais vistos por estas paragens. Foi escolhido à medida do comerciante mor e de interesses inconfessáveis.
Se tudo isto não é um caso de polícia…
Não nos enganam.
Aparentemente, há hoje, como que uma abertura na informação, ao observarem – se abordagens, criticas que vão desde a falta de tacto do próprio PR, ao caso do vagabundo que roubou num Pingo Doce, um pedaço de polvo congelado e um shampoo, mas não nos iludamos; isto é fumo para os olhos, enquanto se procede ao avanço sistemático na venda de património, na consolidação das PP e na estratégia do real empobrecimento da população.
Sugerem à juventude a ida para o estrangeiro porque sabem, como querem, transformar o país. Não nos admira que construam uma ponte, em cada capital de distrito, para quem se quiser suicidar.
A verdade continua escondida… até quando?
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