é um desabafo, uma dor de alma, um grito vertido assim, a medo, mas com uma vontade enorme de mudar o mundo, ou apenas mudar o autor.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
UM GRANDE AMOR
Fui ao estaleiro. O Aries terá de vir a seco para a inspecção pelas autoridades. É a enfermaria dos nobres barcos, receptáculos de tantos sonhos, de viagens feitas e de viagens por fazer.
Lá estava o Arca de Noé do meu amigo Sérgio. Trata dele como de um parente próximo. É a sua velhota. O Arca de Noé que tem cem anos é a paixão, o mundo, o reino deste homem que um dia disse não à loucura da cidade e lançou ferro ao mais profundo da alma, para assegurar a sua paz.
De madeira, com um século, este barco de pesca transformado em iate de luxo tem cumprido aristocraticamente a sua missão, mas o reumático a dada altura ataca todos. E ali está combalido mas nunca moribundo.
Tratado com carinho como sempre; uma travessa aqui, um gel, acolá e voltará a ser a suite de um belo hotel flutuante.
Bons ventos para o Arca de Noé e para o seu comandante
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