Quero felicitar os meus leitores apenas pelo facto extraordinário de vivermos paralelamente esta fase da vida da Humanidade.
Temos que nos olhar mutuamente, frente a frente e quem sabe se não teremos,
dentro em breve, que nos ajudar até talvez a suportar a mochila.
É que hoje neste início do século XXI estamos a ser
rodeados pelos mais inesperados e impressionantes fenómenos sociais que em
catadupa ilustram a nossa época. Uns que vêm à superfície e outros que
tecnicamente se escondem do conhecimento das populações.
Chamo a atenção que ignoro se esses factos nos serão
favoráveis ou até trágicos, individual ou colectivamente mas sei que nos abrem as portas e os olhos
para novas paisagens, cenários
inovadores e novos desafios da história.
Desde a subida das mais fenomenais figuras políticas
depois de Hitler que são, entre outros em ascensão, os intrigantes Srs. Trump
dos EU, Kim Yon da Coreia do Norte, Erdogan da Turquia, obras concertadas da nova comunicação,
imparável e inovadora e das inesperadas
formulas sócio políticas, até aos recentes ventos que abalam os
relacionamentos internacionais por todo o mundo, até aos avanços
impressionantes na tecnologia, na investigação científica particularmente no
que se relaciona, por exemplo, com o conhecimento médico.
Diria que o que era para o ser humano um facto
irrevogável deixou de o ser. Aquilo que
consideramos como emblema intocável a que chamamos Democracia já está a deixar
de ser o que pensávamos; é Democracia mas em novos formatos adaptados à
insaciável fome mercantilista do homem que passa da globalização para aquilo a
que chamaremos “dominação”, como se o feudalismo ressuscitasse.
O que mudava de 500 anos em 500 anos passou a 100, e
agora é todos os dias que se nos deparam factos e conhecimentos que não nos
permitem ficar alheios.
À pressa
estamos a renovar formulários, concepções que tidas como intocáveis, vacilam e
caiem das estantes.
Estamos todos abismados com o que ocorre; desde o pensador – filósofo ao físico de
partículas, passando pelos opiniom makers
, ou o simples jornalista. As horas próximas são exultantes, apaixonantes e até
talvez assustadoras. Para muitos estão já a ser terríficas.
O homem não pode nem deve adormecer. Se não quiser
passar a escravo declarado e assumido tem que se mobilizar para já
intelectualmente para novos tempos novas vontades e caminhos jamais imaginados.
Estamos no primeiro século do terceiro milénio.
Naufragamos no Mediterrâneo, escondemos – nos nas catacumbas ou passamos a primatas
culturais e fieis espectadores?
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